sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A revista do ano 2010

O ano de 2010 está quase a acabar, para aqueles que seguem o calendário Gregoriano. Mas calendários há muitos e também evoluem ou mudam. Tal como nós cá por casa e este blog também. Há sempre novos desportos para experimentar, novos lugares para descobrir e novas experiências que nos vão formando para o que nos resta desta vida. Não sei se há outras vidas mas esta é, garantidamente, curta. Por isso, cá por casa, aproveitamos todos os "bocadinhos" para a viver.

O ano de 2010 foi marcante nas nossas vidas. O próximo também o será, pelas mesmas razões. O desporto continuará a ocupar grande parte dos nossos tempos livres. Continuaremos a arrumar a casa durante a semana, a ir ao supermercado durante a semana, a lavar a roupa e a passar a ferro durante a semana, para termos os fins-de-semana completamente livres para o desporto. Para nós.

No ano de 2010 iniciámos as caminhadas mais a sério. Percorremos cerca de 300 (trezentos) quilómetros, desde os Picos de Europa à Via Algarviana. Também andámos pela cascalheira do PNSAC, pela beleza das cascatas de Vila de Rei e dos Caminhos de Xisto da Benfeita. Fizemos caminhadas nocturnas e gastronómicas. Muitas das caminhadas foram feitas junto ao mar, foram muitos anos a ver o mar da janela do quarto que leva a esta "necessidade".

Foi em 2010 que comecei a correr, a Tânia não gosta, tendo participado na simpática corrida pela Diabetes e na grande confusão da Corrida do Tejo.

O ano de 2010 também teve muito BTT. Cada um dos quase 3000 (três mil) quilómetros tem uma estória para contar. E foi contada aqui no blog. Da nossa peregrinação a Santiago de Compostela ainda só há fotos, mas as palavras chegarão. Estamos a precisar de um fim-de-semana muito chuvoso para ficar em casa. Mesmo com avisos da meteorologia temos andado por aí, a pedalar, a caminhar.

Os Caminhos de Santiago são para recordar e repetir sempre que possível, de bicicleta ou a pé. Foram momentos mágicos, desde o tempo de espera junto à Sé do Porto para carimbar a Credencial do Peregrino ou quando saltávamos, literalmente, para dentro das fontes para nos refrescarmos dos quarenta e tal graus de temperatura. Até houve tempo para uma horita de piscina. Os relatos diários vão aparecer.

Também fizemos algumas travessias de dois dias. A travessia de Lisboa a Vila Velha de Ródão foi memorável, também com muito calor. Este ano embarcámos, pela primeira vez, na peregrinação dos Maníacos do Pedal até Fátima. Na altura andávamos a treinar para os Caminhos de Santiago. Levámos as mochilas às costas e ainda fomos apanhar o comboio a Tomar. Até Lisboa não houve descanso, passámos a viagem a ouvir os escuteiros cantar.

Experimentámos pela primeira vez a conhecida Maratona Internacional da Idanha, aceitámos o desafio Sicó (A Idade da Pedra), ficámos a conhecer os melhores trilhos entre o Entroncamento e Fátima, participámos em muitos passeios dos Maníacos do Pedal e ainda participámos numa Dança do Sol, na Arrábida.

As nossas melhores voltas tiveram ou altas temperaturas ou chuva intensa. Fica na memória um passeio, a dois, que fizemos na zona de Marvão com uma passagem por Espanha. Choveu intensamente durante todo o dia, havia riachos por todo o lado, por vezes até nas estradas. Mas, nunca nos passou pela cabeça desistir. Foi memorável, nunca iremos esquecer as paisagens e as dificuldades.

Depois fomos a Santiago de Compostela. Ao passar pelos peregrinos a pé, ficámos com vontade de experimentar. E iremos experimentar, por isso começámos nas caminhadas. Descobrimos locais maravilhosos e com uma logística facilitada temos andado por aí.

Para o novo ano que está quase a chegar, há novos desafios, novos projectos, novas experiências.

Entrem com o pé direito, ou com o esquerdo ou com os dois ao mesmo tempo. Feliz 2011.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Aqui há gato... Há mesmo um gato!

Ao ler os comentários do post anterior (ver aqui) fiquei a pensar que não vale a pena...

Não vale a pena andar a alimentar o gato cá de casa com Purina com Actilea (new and enhanced formula for Purina ONE that has been specifically designed to help optimise your cat's overall health, diz o markting da Purina).

Não vale a pena ir alternando entre Purina e Hills, para o gatito não enjoar e ter uma alimentação diversificada.

Não vale a pena escovar o gato uma vez por dia para ele ficar com o pêlo sedoso e bonito.

Não vale a pena comprar brinquedos para o gato se divertir e gastar algumas calorias. Isso já sabíamos que não vale mesmo a pena. O que ele gosta é dos pompons da roupa da Tânia e dos elásticos do cabelo. Por este andar, brevemente toda a produção mundial de elásticos do cabelo irá directamente lá para casa. A alternativa é ir ver o que há debaixo do sofá... Das bikes só gosta das tampas coloridas dos pipos das câmaras de ar.

Não vale a pena limpar as remelas dos olhos do gato. Sim, ele às vezes é preguiçoso e tenho de ser eu a lavar-lhe o focinho.

Não vale a pena gastar tempo escolher o melhor ângulo para a foto ficar boa. Nem vale a pena usar o Photoshop para apagar a roda da frente. Afinal, as rodas são todas iguais: um aro, vários raios e um pneu. Se é 26, 29 ou 700, toda a gente sabe que o tamanho não é o mais importante.

Não valeu a pena isso e muito mais porque todos os comentários foram dirigidos a um plano secundário e desfocado. Comentários sobre a beleza do felino não chegou nenhum...

Podiam, pelo menos, ter dito que a bike nova era da cor dos bigodes do gato...

Já que não fizeram nada disso, vamos então falar da bike. É uma CANYON, branquinha, que permite rolar a 40 km/h sem grandes dificuldades. Se ainda há dúvidas, a foto seguinte é esclarecedora. Não liguem à remela no olho direito do gato...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Infiltrado no encontro do Clube Mondraker

Eu agora só vou a encontros de clubes de marcas de bicicletas. Já não andava desde o encontro das KTM. Nestes encontros é garantido que o tempo a pedalar seja quase igual ao tempo de descanso. Hoje, apesar das muitas tentativas para o tempo de descanso ganhar, o tempo a pedalar ganhou por cerca de 10 minutos: 2h39m a pedalar e 2h23m a descansar. Esta estatística foi aferida pelo meu GPS, quando alguns andavam aos saltos com a bicicleta eu estava paradito a filmar. Alguém tinha de o fazer... Só por isso!

A falta de quilómetros nas pernas já se nota naquilo que mais gostava e me sentia à vontade: as subidas rápidas. Ia eu descansadinho a meio da subida, passa por mim uma Santa Cruz, branca com umas flores decalcadas e lettering KITOS (se ainda houvessem dúvidas), a subir como se só houvesse um pastel de nata quentinho, com canela, no cimo da subida. Na realidade, todos sabíamos que não havia pastel nenhum. Os treinos de estrada é que andam a fazer a diferença...

Os guias (A. e JP) conhecem o Monsanto tão bem que até por trilhos camuflados nos levaram. Ainda se fala cá em casa da outra volta com "os" Mondraker. Este pessoal vira mesmo as costas aos estradões e leva-nos para os locais onde a adrenalina espreita a cada curva, a cada pedra, a cada drop. Foi um espectáculo. E ficou gravada no meu GPS...

Não vou dizer por onde andámos, já dei umas pistas por onde não passámos agora é imaginar.

No final, passámos pelas lavadoras grátis de bicicletas. Aquilo até funciona, principalmente se antes de passar por água tirar-mos a terra maior com um pau.

Quanto ao almoço não posso comentar, mas por pouco tempo. Aquele polvo à lagareiro parece irrestível.





Mais em maniacosdopedal.com.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Caminho do Xisto da Benfeita - Frescura das Cascatas

"Benfeita", aquela palavra que os nossos pais nos diziam quando fazíamos alguma traquinice e nos magoávamos. Era certinho - se brincasse com o gato e ele me arranhasse - é "Benfeita", diriam os meus pais. É "Benfeita" que já de disse para não puxares o rabo ao gato! "Benfeita" por isto e "Benfeita" por aquilo. A partir de hoje fiquei a saber que afinal a Benfeita, sem aspas, existe e é mesmo bem feita. É uma formosa freguesia perdida na serra do Açor, no concelho de Arganil.

Chegámos à Benfeita por volta do meio-dia, procurámos o único café da aldeia mas estava fechado. Deveríamos ter parado em Côja. Sem café, com as mochilas às costas, lá seguimos à descoberta do Caminho do Xisto da Benfeita - Frescura das Cascatas. É um percurso de PR (pequena rota), com 10 quilómetros, marcado e circular. Mesmo assim levámos o GPS com o track que tirámos do site das Aldeias de Xisto.

A primeira cascata apareceu-nos ainda se avistava o povoado da Benfeita. É uma sequência de cascatas e açudes que alimentam um moinho de água. Uma estrutura antiga que permite moer cereais aproveitando a energia cinética da água da ribeira. É um sistema natural e ecológico não provocando alterações no leito do rio, apenas uma pequena parte do caudal do rio é desviado e devolvido pouco depois. Este moinho ainda funciona e imagino o cheirinho da broa que resulta do milho e do centeio moído aqui.



Pelo gráfico da altimetria, a primeira parte do percurso era sempre a subir. Já sabíamos. Só não contávamos que os caminhos fossem tão difíceis. Demorámos mais de uma hora para percorrer dois quilómetros e meio. Sempre a subir, atravessando ribeiros, passando por paredes com água de um lado e um "cama" de silvas do outro... Trepando paredes através de uma espécie de degraus formados por umas pedras mais salientes. Enfim, foi giro mas cansativo.





Mas atenção, durante todo o percurso há vários bancos de madeira para ir descansando. Admito, usá-mo-los algumas vezes. Muitas vezes, vá!





Para além dos banquinhos existem várias construções para tornar este percurso possível em qualquer altura do ano. Cordas para apoio nas zonas mais difíceis e pontes nos locais em que o nível da água das ribeiras possa dificultar a passagem. Tudo bem enquadrado na paisagem.



O percurso passa por duas pequenas aldeias: Sardal e Pardieiros. São mesmo pequenos povoados. Não encontrámos ninguém para dizer bom dia ou boa tarde, neste caso. Portanto, é sempre boa ideia levar alguma comida. Água há por lá muita e bem límpida mesmo fresquinha, vamos passar a andar com um copo na mochila.

Um dos ex-libris da Mata da Margaraça é a Fraga de Pena. É pena este percurso não passar por lá. Mas nós passámos. Antes de chegar à aldeia de Pardieiros, vão ver um estrada de alcatrão à esquerda do trilho. Quando virem um caminho em direcção à estrada de alcatrão, sinalizada com uma seta azul, desçam por aí até à estrada e depois voltem para trás até encontrarem a indicação de Fraga da Pena. No total, ida e volta, faz-se pouco mais de um quilómetro e ficamos a conhecer uma magnífica cascata formada pela queda da água por um acidente geológico. O local está muito bem preservado, vale a pena uma visita. Dá para ir de carro, basta seguir as indicações Fraga de Pena ou Mata da Margaraça.

A nossa visita à Fraga da Pena aqui.

A parte final do percurso do Caminho do Xisto da Benfeita - Frescura das Cascatas - é muito acessível. Quase sem se dar por isso já estávamos na Benfeita a fazer uns bons alongamentos.



Se nos dessem um inquérito e estivesse lá a pergunta: "Aconselhava este trilho a um amigo?", responderíamos logo que sim. Pode-se fazer o ano todo, mas no Inverno tem a magia das cascatas. No Verão a primeira parte pode ser dificultada pelo calor.

E agora as fotos, onde não faltam um burro e uma ovelha negra. Ficam sempre bem num álbum de fotografias.



O track e informação sobre o percurso aqui.

Fraga da Pena



Em breve o relato e muitas fotos de um dos locais mais bonitos de Portugal. Um presente "Somos pelos Gatos" para os nossos leitores.

sábado, 4 de dezembro de 2010

PR1 - Trilho das Cascatas - Vila de Rei

Perdeu-se um fim-de-semana na neve, para estrear o equipamento novo. Perderam-se os bonecos de neve, gordos e mal-feitos, desproporcionais, sem pernas, com braços feitos de ramos de árvores e nariz de pedra, fria. Perderam-se várias tentativas de fazer ski, perderam-se várias quedas, também... Perderam-se horas passadas à lareira a rir das quedas que teríamos dado e a tentar aquecer as mãos e os pés que deveriam estar ainda gelados. Perdeu-se muita coisa, mas ganhou-se um excelente dia passado no centro geodésico de Portugal continental.

Mais uma vez não tivemos medo da chuva e do frio e fomos até Vila de Rei, uma rica vila no centro de Portugal. Rica, literalmente, impressiona a quantidade de escolas, jardins de infância, arruamentos, tudo novo, que há e que estão a fazer nesta terra. Quase não se vê ninguém na rua, o que torna tudo isso mais impressionante.

Já tínhamos decidido a caminhada a fazer, trilho das cascatas, mesmo assim passámos pelo posto de turismo/informação. Estava fechado. Não tínhamos folheto da caminhada, por isso avançámos, de carro, pela vila à procura das setas da rota. Junto do mercado municipal (edifício imponente e muito bem conservado, claro) lá estavam as setas de madeira com as cores de pequena rota, amarelo e vermelho, e a indicação do Trilho das Cascatas.

Após breve passagem pelas lindíssimas ruas empedradas da vila, deixámos o povoado e entrámos nos trilhos.



Caminhos muito fáceis, estradões largos, até ouvir o som da água a precipitar-se pelas cascatas do Escalvadouro.



A descoberta destas cascatas é uma surpresa, vamos por um caminho florestal normalíssimo com sobreiros. De repente a vegetação começa a ser apenas rastejante, aparecem as pedras largas e ouve-se a água a cair mas não se vê. Avançamos um pouco até sermos travados pela vertigem da vista espectacular sobre as várias sequências de cascatas.

Esta é uma das partes mais difíceis da caminhada, onde é preciso muito equilíbrio e técnica para trepar entre as pedras estrategicamente colocadas (ou pura coincidência) no leito da ribeira do Lavadouro.



Ao deixar o leito da pequena ribeira, o trilho torna-se novamente fácil, mais uns quilómetros de estradão sempre na companhia de belas paisagens.



A próxima dificuldade, absolutamente secundária dada a sua beleza selvagem, foi a subida por um vale rochoso, com sucessivas cascatas, conhecido por quedas de água de Poios. Esta parte é particularmente difícil, fica o aviso.





Na foto seguinte, o fotógrafo de serviço andou a mexer nos botões da máquina.



Os quilómetros iam passando e depois deste conjunto de cascatas estávamos quase no fim da nossa caminhada. O percurso tem algumas deficiências de marcação, principalmente na parte final. Uma dica: quando não há marcação sigam em frente, excepto na parte final em que junto ao cemitério (novo, claro) em que virámos à direita por alcatrão e entrámos novamente no trilho um pouco mais à frente à esquerda. Sigam pelo estradão e escolham, tal como nós fizemos, o melhor caminho até Vila de Rei.

Almoçámos no restaurante Central, junto do mercado municipal, onde tínhamos iniciado a caminhada. Fomos muito bem atendidos e a comida estava deliciosa e o abatanado quentíssimo, mesmo a calhar depois de quase dois pares de horas ao frio, muito frio.

Aqui a Tânia estava toda contente por ter recuperado o seu bastão que tinha ficado no quentinho.



Para terminar o dia subimos, de carro, até ao topo da serra da Melriça para, aí sim, estar no centro geodésico de Portugal continental. E vimos a serra da Estrela, branquinha...





A seguir as fotos das cascatas e laranjas.

domingo, 28 de novembro de 2010

Serra do Socorro




Este era o último destino que nos faltava na agenda de 2010. Andámos "por aí" desde Santiago de Compostela à Via Algarviana. O calendário não era rígido, pelo meio conseguimos encaixar Picos de Europa, travessia até Vila Velha do Ródão e muitas outras aventuras. Uma canseira... Muitas histórias (e estórias, também) para ir recordando.

Mas agora, que já cumprimos o calendário de aventuras outdoor, vamos ali buscar a mantinha e passaremos os últimos dias de 2010 no quentinho do sofá. Dizem que está frio, chuva e até pode nevar. Queremos lá saber, cá em casa está quentinho, o gato aquece-nos os pés e temos ali um pote cheio de bonbons capazes de nos fazer aumentar dois números no tamanho das calças. Por isso, é capaz não ser boa ideia abdicar dos nossos genes aventureiros...

Este domingo fomos fazer uma caminhada passando pela serra do Socorro, aqui bem perto de Lisboa e um local importante da primeira linha das Linhas de Torres Vedras.

Iniciámos o percurso em Enxara do Bispo, com uma visita à Igreja e algumas ruas da pequena aldeia.

Deixámos as ruas asfaltadas e entrámos nos trilhos ainda com algum orvalho para testar o GORE-TEX. Funciona, os pés estiveram sempre quentes e secos. Ainda não tínhamos aquecido e já víamos pela frente a valente subida até ao topo da serra do Socorro. E é só isto que há a dizer da subida, valente subida. Fotos, há poucas, só quando atingimos uma cota que nos permitia avistar o Oceano Atlântico. O céu tinha algumas nuvens mas mesmo assim as fotos ficaram boas, dá para perceber o que subimos.



Antes de chegar ao topo - é a única pista que damos, não contem connosco para spoilers - relaxámos um pouco a descobrir uma geocache, deixámos lá a nossa pegada respeitando o novo acordo ortográfico. Atchim...



A Serra do Socorro é uma antiga chaminé vulcânica com uma paisagem a perder de vista. A capela em honra de Nossa Senhora do Socorro e o centro interpretativo também valem a pena uma visita, pode-se ir de carro. Mas de BTT ou a pé é mais giro...



Para descer dava jeito uma BTT ou de downhill como por lá vimos. Mas desceríamos demasiado rápido e não víamos uns moinhos do outro lado da A8 onde iremos brevemente à descoberta.

A próxima "paragem" da nossa caminhada foi nos fortes da Enxara, também das fortificações das Linhas de Torres. Primeiro o Forte Grande (280 homens) e depois o Forte Pequeno (270 homens). Vi estas designações numa sinalética no topo da serra do Socorro, quando passámos pelos fortes pareceram-nos iguais, a investigação levou-nos a este documento, não estavam à espera que eu soubesse o número de homens que faziam a guarnição dos fortes...



O nosso passeio estava a acabar, para evitar alguma lama nada melhor que uma sessão de equilibrismo:



Uma manhã, fresca mas longe dos alarmismos que por aí andam, muito bem passada. As fotos estão já a seguir. Vejam lá se não foi uma manhã fantástica...

domingo, 21 de novembro de 2010

Infiltrado



Este domingo peguei num jersey que estava esquecido - ou à espera da oportunidade - no fundo da gaveta, vesti-o sobre uma roupa mais quente e fui até Sintra infiltrar-me num encontro informal do clube KTM (bicicletas).

Ouvi o gato resmungar por me levantar tão cedo. Arrumei as coisas nas calmas, tomei o pequeno e fui até à Lagoa Azul. O passeio começaria às 8:30 mas só começou às 9:30! Uma hora depois, portanto. Cumprir horários é chato como o caraças, apanha-se frio (por vezes chuva, como este domingo) a fazer tempo enquanto outros estão no bem bom da caminha ou do ar condicionado do carro. São opções...

O passeio desta vez teve uma visita aos travesseiros. A Tânia não pôde ir aos travesseiros mas não foi por isso que ficou sem eles. Fazer BTT com uma caixa de travesseiros no Camelbak é muito mais doce, especialmente se me espalhar para cima deles. Não foi o caso... Chegaram comestíveis para o lanche.

A volta de BTT foi ao estilo veste-o-impermeável-agora-despe-depois-veste-agora-já-não-é-preciso-olha-veste-lá-outra-vez-é-melhor-deixar-vestido. Ora chovia, ora até fazia sol. Essa chuva não nos deixou ir aos trilhos mais fofos, mas aproveitámos para conhecer outros não reconhecidos a semana passada. Estes Maníacos do Pedal, conhecem a serra de trás-para-a-frente e da frente-para-trás ou melhor: de-cima-para-baixo e de baixo-para-cima. Se bem que às vezes parece que é só de baixo-para-cima: subir, subir, subir... Subir!

O spot do dia era o trilho do Abano. Cumpriu, até há vídeos disso no final desta página.

Acho que me infiltrei bem, estava prevista uma manhã, mas acabou por ser quase um dia inteiro!

sábado, 20 de novembro de 2010

A primeira caminhada molhada



Desde que começámos a fazer caminhadas mais a sério esta foi a nossa primeira caminhada molhada.

Mas se calhar, ainda não fazemos caminhadas a sério! Farta-mo-nos de rir: ou porque um desce cheio de medo enquanto outro enfia as mãos nos bolsos a desce aquilo a assobiar uma música do José Cid...

Cai neve em Nova Iorque
Há sol no meu país
Faz-me falta Lisboa
P'ra me sentir feliz


Não há mais pôr-do-sol
Em Sunset Boulevard
Cai neve em Nova Iorque
Ninguém vai-me encontrar


Não sei se caía neve em Nova Iorque, mas pela Arrábida estava assim para o frescote. O vento estava impiedoso a gelar o nosso suor no cimo das subidas. Não lhe demos hipótese e caminhámos ainda mais rápido para nos mantermos quentinhos. Mas por mais rápido que andássemos o frio perseguia-nos. Mais tarde descobrimos que dentro do carro é que se estava bem...

A chuva que tinha caída nos últimos dias (e de noite acho que também choveu, não dava para ver bem mas penso que sim, ouvia-se a chuva a cair) trouxe a lama para os trilhos e a água para os ribeiros que habitualmente conhecíamos como secos.

Andámos pelos moinhos de Palmela desviando-nos das explorações arqueológicas e pela Serra dos Gaiteiros a apreciar a panorâmica sobre a cidade do moscatel e do choco frito também conhecida por Setúbal.

Apesar do frio, ainda conseguimos tirar umas fotos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fim-de-semana mexidinho!

Este fim-de-semana pedalámos, caminhámos, corremos e cortámos mais duas unhas ao gato. Tem de ser aos poucos, não estava habituado à paticure. Ah, e não ligámos petavina às ameaças de mau tempo!

domingo, 14 de novembro de 2010

Marcha pela Diabetes

Afinal não "marcho" mal, deve ter sido pelo facto de ir no "cone de vento" da Rosa Mota e do Carlos Lopes! Ok, eu às vezes ia ao lado!

Mas com tudo isto quem diria que chegaria em 1º que o Miguel?!

Ah e ainda apareci na TV a cruzar a meta :)



Corrida pela Diabetes

Para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) organizou uma corrida pela principais avenidas do centro de Lisboa com a presença dos campeões olímpicos Rosa Mota e Carlos Lopes.

Eu participei na corrida e a Tânia na marcha.

A corrida teve cerca de 11 quilómetros com partida do jardim do Príncipe Real, passagem pelo Rato em direcção ao Marquês de Pombal. Subimos até ao Saldanha e pela grande avenida da República até ao Campo Grande. Regresso à Praça Marquês de Pombal e descer a avenida da Liberdade até à meta instalada nos Restauradores.

Gostei muito desta corrida, correr por estas avenidas nobres livres de carros foi o atractivo principal.

A corrida correu-me bem do início ao fim, talvez devido ao aquecimento do dia anterior. Não houve confusão na partida, por isso comecei logo a correr sem necessidade de grandes esforços para ultrapassar os caminhantes.

A chegada ao Marquês de Pombal foi rápida, depois na subida até ao Saldanha fui controlando o esforço, segui ao meu ritmo evitando reagir ao ritmo dos companheiros que passavam por mim.

Nos túneis da avenida da República tentei aprender a correr nas descidas, acho que já estou melhor. Pelo menos já não sou ultrapassado por muita gente...

Fui correndo e apreciando a arquitectura dos prédios para esquecer o passar dos quilómetros. Depois de dar a volta no Campo Grande e chegar ao Saldanha, já sabia que era sempre a descer até à meta.

Aqui apertei o ritmo e a coisa correu bem até ao fim.

Na chegada tinha uma claque dos Maníacos do Pedal e a Tânia. Apareçam mais vezes...

O saco de ofertas tinha um pão de Seia (museu do pão) que calhou mesmo bem para o nosso almoço de sopa de coentros à alentejana.

Houve algumas falhas organizativas: não havia casa de banho junto da partida (a do jardim estava fechada) e faltou uma garrafa de água a meio do percurso. De qualquer forma, não foi dito que existiam estas "comodidades". Por isso toda a gente sabia ao que ia.

Quanto à minha prestação, demorei 52 minutos a percorrer os cerca de 11 quilómetros. Fiquei muito satisfeito com este tempo, agora vamos lá ver se sempre arrumo as sapatilhas até regressar o bom tempo...

sábado, 13 de novembro de 2010

Caminhada pelo litoral do Guincho

Este sábado avizinhava-se um dia diferente: ia a uma caminhada que conhecia os trilhos do Btt.

Já tinha saído da Lagoa Azul em direcção ao ponto de encontro e oiço o telemóvel tocar, não vou parar o carro pois o telemóvel está na mochila que se encontra na bagageira, olhei para o relógio e ainda eram 8:40m, bem a tempo. Quando cheguei ao ponto de encontro já lá estavam quase todos e ainda faltavam uns 10 minutos para a hora da saída. Depois de estacionar fui ter com os guias, todos devidamente identificados, que me informaram que me tinham ligado para saberem se estava a dar com o sitio. Não lhes expliquei que conhecia muito bem aquele percurso. De qualquer forma foram muito cuidadosos em nos telefonarem para darem indicação do percurso até ao ponto de partida. Nas maratonas e passeios organizados (Btt) pagos nunca me ligaram para saber se estava a encontrar o local da partida!




Este passeio esteve a cargo do http://www.omundodacorrida.com

Esta associação é responsável por muitos eventos na sua maioria ligados à corrida.

Fazem percursos de maratonas 42 Km (quase), trial, orientação, etc. Em conversa tive conhecimento que fazem mais de 100km a correr até Fátima pelos caminhos do Tejo!

Ok, também já fiz!

Está bem, foi de bike, a correr chegava aí ao km 7 e deitava-me para o chão a ver se alguém me levava até à meta de carrinho!

Foram muito interessantes as conversas que tive com variadíssimas pessoas, algumas da organização e outras participavam na caminhada como eu. O tempo passa depressa, percorremos a zona da praia do Abano, está tudo queimado, é uma pena. Da última vez que lá passei achei que daria um pelo percurso para uma caminhada, assim como está dá para ver as falésias. Talvez na próxima Primavera já não hajam vestigios dos monstrinhos que fazem estas coisas. Deviam estar todos numa ilha deserta rodeada de tubarões! Ok, estou a ser mazinha, mas este tipo de gente (se é que assim podemos denominá-los) são dementes.

Entramos em alguns percursos que não conhecia, estão todos devidamente assinalados, caso não tenham GPS podem se aventurar pois as marcações são recentes e estão lá todas! Ao fim de 6km tínhamos o nosso 1º abastecimento: mesa posta com bananas, laranjas, maçãs, águas, bolos.

Recuperadas as forças lá continuamos para os restantes 6km. A paisagem é lindíssima e lá terminamos a nossa caminhada a percorrer o parque de merendas. Chegamos ao fim da caminhada, mas voltamos a ter mesa posta?

Ah! pois é, não é só no Btt, nas Caminhadas também temos vários abastecimentos, isto de caminhar abre o apetite, não é só a pedalar. Também temos subidas!

No 2º abastecimento havia tudo o que o anterior tinha (as laranjas eram muito boas) mas ainda fomos presenteados por um bolo feito por uma das guias. Estava realmente muito bom! Esqueci de pedir a receita, fica para a próxima porque eles têm muitos passeios!

Após o abastecimento tínhamos uma secção de Yoga ao ar livre, toca de ir buscar o tapete (apesar de já o ter comprado há muito tempo e de pensar mas porque fui comprar uma coisa destas, gostei tanto que com certeza será utilizado, tenho que ver onde me posso inscrever no Yoga)!



A caminhada foi excelente muito bem organizada mas a secção de Yoga foi espectacular! Deviam adoptar esta modalidade pois, para alongar e relaxar, após o esforço não há nada melhor!

Sem dúvida a repedir.

Reconhecimento para encontro do clube KTM em Sintra



Hoje fui até Sintra ajudar no reconhecimento dos trilhos para encontro do clube KTM. Na próxima semana quando os senhores das bikes laranjinhas por lá andarem, todos contentes, a desfrutar dos trilhos, lembrem-se de mim: eu ajudei a reconhecer os trilhos.

Quando alguém disser que não podem ir pelos Trilhos Húmidos, foi porque eu (e mais alguns) arriscámos a levar com um pau no desviador. Esse trilho está cheio de lenha. O que até é bom se tiverem lareira, é o chamado "arranjar lenha para se queimar"...

Os senhores da KTM vão ter mais sorte que eu. O guia não nos quis levar à Piriquita comer um travesseiro. Para a semana parece que esse ex-libris de Sintra vai fazer parte da vossa manhã.

Bem, manhã é o meu lado optimista a escrever. Para ultrapassarem todas as subidas e descidas com muitas malandrices, às vezes escondidas, é melhor reservarem um dia inteiro.

Ou então façam como eu, arranjem boleia ali para os lados do Guincho e assim poupam uma belas subidas e uma descida com enguiço para alguns Maníacos do Pedal.

Ah, na descida para a praia, quando o guia estiver no meio de uns pinheiros a dizer "vamos vamos, em frente", desconfiem... Pela frente têm um salto de um metro ou 100 centímetros que até parece mais.

A volta até começa bem, pelas margens da lagoa azul. Quando virem uma lagoa com água escura, não procurem mais. É essa a lagoa azul, chamam-lhe azul mas é uma lagoa normalíssima com alguma poluição. Cuidado com esse trilho, está cheiro de raízes para complicar as descidas.

Depois têm a subida do jipes, cerca de quatro quilómetros a subir. A inclinação não é muita, se o guia não alterar o percurso até estão com sorte, conheço uma alternativa bem mais inclinada nada boa para fazer a frio. Pelo sim, pelo não, é melhor fazerem o trilho na lagoa com elevada cadência para aquecer os músculos.

A seguir tem um trilho com pouca inclinação que é bom para aumentar o ritmo, vão ver que assim é mais giro de fazer.

A chegada a Sintra é feita pela rampa da pena. Uma descida imprópria para quem tem extensores no guiador. Quando lá passarem vão perceber porquê.

Já com os travesseiros de Sintra na barriga vão subir bastante até aos Quatro Caminhos e mais ainda até à Peninha. Por esta altura devem estar fartos de subir... Para desenjoar seguem-se algumas descidas malandrecas (engraçadas, vá) até junta da praia.

Quando estiverem junto do mar, mentalizem-se ainda vão ter muito que subir até à lagoa azul.

Mas é isso que todos gostamos, não é? Ééééé....

No domingo se virem por lá alguém com uma bike preta anodizada, pode ser que seja eu...

domingo, 7 de novembro de 2010

De volta ao BTT

Algumas luas depois - se calhar não foram assim tantas, mas quartos de lua já é um número mais grandito - estou de volta ao BTT.

A bike ainda tem pó dos caminhos de Santiago e não a vou lavar tão cedo, está abençoada. Abençoada também pelos muitos quilómetros que já fez este ano na companhia da "irmã gémea" que também está ali paradita, cheia de pó. Agora as prioridades são outras, mas vou tentando ir pedalando de vez em quando para não esquecer o funcionamento do pedais SPD.

Durante esta folga da CANYON, tenho corrido e feito caminhadas. Por isso o regresso não deu empeno, e no próximo fim-de-semana vai ser a loucura...

Este domingo fui até Monsanto com os Maníacos do Pedal.

Ando com azar na secção dos restaurantes e afins. Hoje não me quiseram vender um pastel de nata acabadinho de chegar. Não vou dizer o nome, não merecem a publicidade, mas é no habitual ponto de encontro dos Maníacos. Já lá tomei o pequeno almoço muitas vezes por volta das 7h e hoje, eram 7:30, e não me quiseram servir um café ou simplesmente vender um pastel de nata acabadinho de chegar. O que vale é que não são os únicos! Enfim, o que é importante é que sejam felizes assim...

Eu e os 10 magníficos maníacos percorremos alguns dos melhores trilhos de Monsanto. Cada vez que lá vou passo por sítios diferentes. Ou tenho a memória fraca, como os peixinhos, ou então aquilo está mesmo esburacado de trilhos.

Pela primeira vez fiz a descida pelo single-track do Chimarão. Entrei um pouco assustado pelo que vi numa noite das 24 horas BTT, mas afinal faz-se bem. Nessa noite, vi muita gente cair nesse trilho até que saí dali para outro local mais calmo em acidentes.

O regresso a casa foi antecipado com uma ameaça de chuva. Felizmente não passou da ameaça. Como era cedo, e não tinha chave de casa, veio mesmo a calhar a conversa com o Alex, patrocinador dos Maníacos de Pedal, sobre as obras de expansão da sua superfície comercial.

Mesmo assim ainda cheguei cedo a casa, a tempo de ir resgatar a Tânia a uma caminhada...

Caminhada campestre 10km

Hoje levantei-me bem cedinho para a caminhada campestre 10km inserida no programa Póvoa Vive+ (http://www.jf-povoasantairia.pt). Este programa tem como objectivo incentivar as pessoas a se mexerem.

Partimos do CPCD, pois a caminhada era organizada por um grupo maioritariamente de betetistas os TNT e essa era a sua sede.

O percurso escolhido foi sobretudo os trilhos que percorremos em Btt, a pé há sempre oportunidades de contemplar a beleza dos sítios e a mata do Paraíso surpreende-me sempre.

Ainda bem que éramos muitos (é sempre bom ver que as pessoas aderem a estas iniciativas), pois o objectivo era visitarmos uma quinta em Alpriate e por pouco não éramos atingidos pelas balas das equipas do PaintBall, estava a decorrer um jogo e fomos alertados para não prosseguirmos e aguardarmos que o jogo terminasse. Os guias tomaram a melhor decisão e alteramos o percurso.

Esta caminhada foi mais um passeio pois o grupo era grande e notava-se que não estavam habituados a estas lides, de qualquer forma penso que a caminhada ficou pelos 12km (o meu GPS ficou sem pilhas e o Miguel é que costuma levar as pilhas extra e ele "baldou-se", optou por trocar a caminhada por uma volta em BTT!).

Na Mata do Paraíso tivemos um abastecimento (água e bolos) e tivemos direito a observar o passeio de um porco preto acompanhado de um cão! Estas coisas são espantosas, as amizades que eles fazem!!!

Tivemos que atravessar um riacho e escalar uma barreira, os guias até carregaram uma corda para nos ajudar a subir, boa ideia, pois no grupo todo só três pessoas tinham bastão (eu era uma delas). O bastão ou o "cajadinho" (como assim o apelidaram) para além de nos dar muita segurança nas subidas ajuda-nos nas descidas, acho que todos os que vão para este tipo de caminhadas deveriam-se acompanhar de um bastão, encontram na Decathlon e na Sportzone a preços muito porreiros.

Neste passeio ainda transpirei um pouco na famosa subida do "martelo", eu sempre a conheci pela subida do Raid das Bragadas e a pé fiz todinha, yupi!!!

Coisa que em Btt ainda não consegui, há-de ser o meu objectivo!

Foi uma volta simpática e de salientar Gratuita!

Cada um para seu lado...

É a vida!

Eu para o BTT, a Tânia para uma caminhada e o gato ficou em casa a apanhar Sol e a ler um livro...

sábado, 6 de novembro de 2010

Caminhada Gastronómica em Bucelas

Este sábado fomos a uma caminhada gastronómica em Bucelas. A Associação Empresarial de Bucelas arranjou um percurso de 15 quilómetros um pouco exigente para o pessoal ganhar apetite para o almoço num dos restaurantes que aderiram ao festival gastronómico. Havia várias opções, consoante o gosto de cada um, por apenas 10 Euros a refeição completa.

A caminhada começou no largo do coreto, seguindo depois para os trilhos ainda com o orvalho da manhã fresca de Outono.

Quando passámos numa pequena ponte, acho que toda a gente pensou: "se houver arroz de pato não quero!". Os patitos assistiram bem serenos à nossa passagem, nem um quá-quá fizeram...



Quanto a nós, logo esquecemos os patos e arroz de pato. Era a subir. A subir muito até ao topo do monte Serves.

Aproveitámos para conhecer o forte da Aguieira, das fortificações das Linhas de Torres.





Com a ajuda da GNR, cruzámos a estrada para fazermos o abastecimento: fruta, sumos e barras. Para o valor que pagámos, 5 Euros, foi muito bom.

Seguimos em direcção a Vila de Rei, não no coração de Portugal, logo ali ao pé de Bucelas. Pelo caminho passámos pelo Forte do Arpim, está actualmente com obras de conservação e restauro.



Até Bucelas ainda apanhámos mais umas subiditas, mesmo a calhar para abrir o apetite para as entradas, o prato gastronómico, a sobremesa e o café.

Quando chegámos ao fim, depois de uma sessão de alongamentos, e vimos os pratos disponíveis não tivemos dúvidas. O polvo à lagareiro deixou-nos de água-na-boca. Pegámos no mapa e, depois de alguns erros de navegação, chegámos ao restaurante. Pedimos uma mesa para duas pessoas e aguardámos 5 minutos! Sim, esperámos 5 minutos que nos arranjassem uma mesa. Não era por falta de mesas vazias, havia muitas. Como era óbvio não queriam os nossos 20 Euros! Virámos costas e fomos procurar outra restaurante. Decidimos ir experimentar o bacalhau à minhota no restaurante O Menino, onde fomos muito bem atendidos por gente muito simpática. Recomendo este restaurante, fica na estrada principal mesmo em frente ao jardim do coreto.

O bacalhau estava óptimo, e em parte foi acompanhado do Apita o Comboio. O festival gastronómico incluía animação musical.

Apito comboio que coisa tão linda.
Apito comboio perto de Coimbra.
Apito comboio que coisa tão linda.
Apito comboio perto de Coimbra.

Por falar em Coimbra, sabem onde é que se come um óptimo polvo à lagareiro? Estão a ver aquela rua que vai desde a Igreja de Santa Cruz até ao Banco de Portugal? Esqueçam não é aí, é próximo da Lousã. Um dia destes vamos lá fazer uma caminhada e depois tiro uma foto do almoço!

Apito comboio, lá vai apitar.
Apito comboio, à beira do mar.
À beira do mar, mesmo à beirinha.
Apito comboio, no centro da linha.

E lá vai mais uma batata frita e um pedaço de bacalhau. Hmmmm, delicioso. E depois foi uma pêra bêbeda, divinal.

E foi assim a nossa manhã de sábado: desporto e gastronomia.

À beira do mar, debaixo do chão,
Apito comboio lá na estação.
À beira do mar, debaixo do chão,
Apito comboio lá na estação.

Continua aqui.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A apanhar castanhas

Há dias umas pesquisas na Internet levou-me a um site que falava da apanha da castanha de há alguns séculos atrás. Nesse site, não consigo agora encontrar o link para colocar aqui, dizia que a castanha era um alimento mais importante do que o pão ou mesmo a batata. Mas não é isso que quero aqui destacar: nesse site dizia também que a apanha era feita por homens, por vezes ajudados pelas mulheres...

Então, nesta segunda-feira fui apanhar castanhas ajudado pela Tânia, tal como um jovem casal faria em meados do século XVI: eu varejava os ouriços e a Tânia apanhava as castanhas.



Esta divisão de tarefas mostra bem a descriminação que havia antigamente, adivinhem quem é ficou com mais picos na mão?

O sábado e o domingo foram de chuva e vento, parecia que o Inverno tinha chegado mais cedo. Ora, como toda a gente sabe - e não é preciso consultar o Borda D'Água - os ouriços abriram e mandaram as castanhas "cá para baixo". O souto que nós escolhemos, talvez sinais da crise, não tinha muitas castanhas. Para conseguir fazer um magusto andámos por lá uma manhã entre cascatas e troncos centenários.





Há uma explicação para não haver castanhas: os javalis tinham-nas comido todas, só deixaram as cascas. Animais! Animais não, que isso não os ofende. Malandros! Isso sim já não devem gostar... O que não iriam gostar era eu ir lá pôr umas castanhas piladas dentro das cascas! Ahhh, também não era capaz de fazer isso, ainda partiam algum dente. Coitados, já estou cheio de pena deles, não as podem ir comprar ao supermercado. Até não estão caras, estão a um euro e qualquer coisa no LIDL.

Mesmo assim, conseguimos apanhar algumas. O magusto não deu para fazer porque a caruma estava molhada! Estão todas espalhadas ali na varanda para irem secando e assarem mais depressa. Já pedi ao gato para se ir deitar em cima delas mas não foi boa ideia. Em pouco tempo já havia castanhas espalhadas por toda a casa. Deve pensar que não nos deu trabalho, e muitos picos nos dedos, para as apanhar...

domingo, 24 de outubro de 2010

Corrida do Tejo 2010

Num destes dias de Outono, passeava-me com a Tânia numa famosa rua de Lisboa, quando ao desviar-me de uma folha toda apressada em se alojar na calçada vi uma coisa que me despertou a atenção. Por entre os números gordos do jackpot do Euromilhões, escritos a marcador cor-de-rosa, vi outra coisa mais real. "Corre os teus melhores 10 quilómetros", dizia a capa da SportLife. Foi um amor à primeira vista e levei-a para casa.

Sentado no sofá, com o gato ao colo, comecei a desfolhar a revista à procura desse método para correr os 10 quilómetros. Deparei-me com uma tabela que me obrigava a correr 4 vezes por semana. Não vais longe, pensei. Então e tempo para as caminhadas, para o BTT e para escovar o pêlo do gato? Mas essa não era a única dificuldade, por exemplo na quinta-feira da semana 6 tinha de correr o seguinte: 10' 60-65% + 4x1:30 90-95% c/3' int. 70% + 5' 60-65%. Após decifrar este código concluí que não fazia outra coisa do que olhar para um cronómetro/cardio-frequencímetro! Desisti, deste método.

Mas nem todos os 3.2 Euros foram perdidos. Memorizei a parte do pequeno almoço e no dia da Corrida do Tejo segui os conselhos. Tomar o pequeno almoço 3 horas antes do início da corrida. Beber uma chávena grande de chá preto, comer uma banana madura e 2-3 fatias de pão branco com mel. Evitar os produtos lácteos (o meu erro na Corrida do Aeroporto).

Com a barriga cheia, dirigi-me para o meio da multidão verde fluorescente que ocupava a marginal em Algés. Tentei ocupar um lugar o mais possível à frente mas já centenas de pessoas se tinham antecipado.

Enquanto aguardava pela partida pensei no meu objectivo para a corrida. Sentia-me bem, tomei um bom pequeno-almoço e decidi colocar um objectivo ambicioso. Na Corrida do Aeroporto tinha corrido 9km em 46 minutos e 10 segundos, com uma passada de 05:07 min/km. Com estes números, decidi tentar fazer estes 10 quilómetros em menos de 50 minutos.

Dada a partida, a confusão previsível. Muita gente a passo, de mão dada, era muito difícil correr. Não estava muito preocupado, a Nike tinha-nos dado um chip que contaria o tempo apenas desde o momento em que passaríamos no pórtico de partida. A pouco e pouco lá se conseguia dar uma passadas e depois, com algum ziguezaguear, segui rumo ao objectivo.

Tentei seguir num ritmo ligeiramente superior ao da corrida anterior, penso que o tenha conseguido. Mais uma vez, nas descidas passava imensa gente por mim. Não sei mesmo correr nas descidas!

Nos últimos dois quilómetros quebrei um pouco, principalmente quando passei ao lado da meta e ainda tinha de ir dar a volta a Carcavelos. Cheguei à meta muito cansado e em ritmo cada vez mais lento. Nem reparei no tempo total, também não interessava, era preciso descontar o tempo que gastei até começar a correr.

Não consigo parar logo na meta, tenho de correr sempre mais um pouco para baixar o ritmo cardíaco. Mas toda a gente parou à frente da meta, quase não me conseguia mexer. Acho que me ia dando uma coisinha má...

Mais à frente, aproveitei para fazer uns alongamentos. Já recomposto, entreguei o chip, aproveitei o abastecimento e vi-me embora num superlotado comboio.

Depois veio a desilusão. O tempo chip foi 00:00:00. Zero! Ou seja, não contou! Fiquei sem saber se atingi o meu objectivo. Tanta festa, com o Manzarra, com bandas ao longo da marginal e muita animação. Muito show, mas a única coisa que me interessava, falhou! Isto aconteceu a centenas de pessoas, estão todas com zero no tempo do chip.

De realçar a péssima qualidade da camisola/dorsal. Eu fiquei com lesões nos mamilos. Nem foi muito mau, vi por lá muita gente com sangue! Parece que a camisola do ano passado era melhor...

Estou chateado! Pensei em desistir das corridas, mas antes de arrumar as sapatilhas, ainda vou tentar uma São Silvestre...

domingo, 17 de outubro de 2010

Pelas falésias de Armação de Pêra ao Carvoeiro

O dia de ontem foi desgastante com uma longa caminhada pela Via Algarviana. O jantar também foi pesado, nada saudável mas muito saboroso. Era isso que precisávamos depois de um dia alimentados a sandes e fruta. Apesar disso tudo, o nosso pequeno-almoço mais parecia uma almoço. Estávamos mesmo cheios de fome... Talvez a pensar nisso, escolhemos um local para pernoitar onde não houvesse comentários negativos sobre o pequeno almoço. Acho que provámos de tudo, excepto os típicos ovos mexidos mal passados para inglês ver comer.

Acordámos cedo, o dia teria uma agenda preenchida: caminhada de Armação de Pêra até ao Carvoeiro, sol e piscina e regresso a casa. Ah e tentar encontrar romãs à venda... E encontrámos mas eram iguais às dos supermercados. Os dióspiros é que eram deliciosos. Nunca gostei muito dos dióspiros de roer, depois de hoje vou mudar a minha opinião. Depois de descascados são uma delícia.

A caminhada não teve a extensão inicialmente pensada. Fizemos só uma pequena caminhada sem deixar a piscina muito longe da vista. O track e a logística está preparada, quando voltarmos ao Algarve vamos fazê-la.

Começámos junto da praia da Senhora da Rocha, em Armação de Pêra. Imperdível uma visita à capela da Senhora da Rocha. Um sítio muito bonito e único no contexto paisagístico do Algarve.

Ficámos por ali a observar as gaivotas e tirar umas fotos artísticas com uma garrafa de Carlsberg. Infelizmente, não ficaram as melhores fotos do mundo. Percebe-se a piada alcoólica?!

Seguimos pelas falésias, passando pela praia do Barranco e aproveitando para tirar algumas fotos como as duas seguintes.





Apesar do passeio ter sido pela falésia, dá para fazer em BTT sem qualquer perigo. Há muitas alternativas e não é preciso andar mesmo junto da falésia como fazem os pescadores.

Claro que escolhemos os caminhos mais difíceis mas, ao mesmo tempo, os mais bonitos. É esta a vantagem das caminhadas em relação ao BTT. Sempre que possível optamos por percursos de trekking. Já no BTT nunca fomos adeptos de escolher os "piores" trilhos...



Antes da Praia da Albandeira encontrámos alguns algares. Vistos de cima as fotos não ficam grande coisa. Enquanto não voltarmos lá num dos passeios turísticos de barco ou de kayak vejam algumas fotos aqui.

Enquanto eu ficava para trás à procura de bons enquadramentos para umas fotos, a Tânia fazia uma brincadeiras...





Sempre que passamos de bicicleta junto de algum cão, o raio do animal vem atrás de nós para fincar a dentadura nas nossas pernas. Nas caminhadas é diferente: o cão posa para a foto e segue o seu caminho...



Como "Somos pelos Gatos", haverá algo melhor do que passar a tarde na piscina com um Sol radioso e um simpático gatinho a fazer rumrum?...