quarta-feira, 15 de julho de 2009

Subida à Serra da Estrela (e descida)

Hello! Está por aí alguém? Já foram de férias? Não se esqueçam de levar as bikes para as férias. É que estar o dia inteiro deitado à beira mar ou piscina cansa um bocadito e ainda podem ficar com um escaldãozito... E depois a bike ganha ferrugem na corrente ou humidade nos cubos.

A pensar nisso tudo (ou não) fomos de férias para o interior de Portugal e levámos as bikes para junto da lareira!

A nossa ideia era subir à serra da Estrela desde Seia. Mas se as coisas corressem "mal" escolhemos um local com piscina. Mas o BTT ganhou. Ou melhor, ganhou o BTT de manhã e a piscina à tarde.

No dia anterior fomos fazer o reconhecimento de carro. Aproveitámos para fazer escalada. Tenho aqui uns vídeos engraçados. Parecemos uns quadrúpedes a pedir ajuda à Senhora da Boa Estrela. Mas a ajuda maior veio do restaurante Montes Hermínios (na estrada Covilhã-Torre). Não havia esparguete mas os bifes de novilho, apesar de escrito com caneta em papel branco, fez-me logo abrir o apetite. A Tânia ainda ficou com mais fome e pediu o bife de novilho à casa. Era um bife de novilho igual ao meu mas com a guarnição de uma sandes de queijo/presunto/(e outras coisas) em cima. Gostámos tanto que no dia que viemos para casa passámos por lá novamente para repetir as doses.

A Serra da Estrela é a maior elevação de Portugal Continental perdendo apenas para o Pico, nos Açores. O ponto mais elevado tem 1993 metros de altitude, tendo sido construída uma torre de 7 metros para completar os 2000 metros.

Fizemos o reconhecimento de carro a descer o que iríamos subir no dia seguinte. Seriam cerca de 30 quilómetros. Os últimos 10 pareciam bastante acessíveis. Até havia descidas. Os 10 do meio seriam muito complicados no início, desde o Sabugueiro. Está lá escrito que é aldeia mais alta de Portugal. Hmmmm, desconfio! Os primeiros 10, de Seia até ao Sabugueiro, seriam os piores. Iríamos subir dos 500 aos 1000 metros de altitude em menos de 10 quilómetros.

Mesmo assim a piscina não nos demoveu e no dia seguinte fizemo-nos literalmente à estrada.



A subida iria ser feita com as nossas bikes de BTT. As super magníficas CANYON. E com pneus de BTT. Não temos outros. Além disso, precisávamos deles para descer.

Os primeiros quilómetros foram para aquecer. Mas mesmo só os primeiros um ou dois. Depois começava logo a empinar e o horizonte a abrir. No museu do pão já tínhamos subido 50 metros. Só faltavam, 1993 menos 50, ora,... Nove e cinco dá 14... é só fazer as contas. Para já não importava.

Cada metro que subíamos era um regalo para a vista. Eram paisagens de perder de vista e nós a devorar alcatrão. Nunca mais chegava a descida para o Sabugueiro. Sabíamos que existia. Apesar de não acreditarmos em bruxas, já estávamos como os espanhóis: que las hay, las hay.

Fizemos uma paragem na Senhora da Espinheira para tomar café. Pouco depois alcançámos a descida que nos levaria até à aldeia do Sabugueiro. A bike não ganhava velocidade. Melhor assim, a descida não será assim tão grande como parece e na volta não custaria a subir.

Os quilómetros a seguir ao Sabugueiro eram bem empinadinhos. Notava-se pela velocidade do nosso conta-quilómetros. Mas se restassem dúvidas alguém colocou lá umas placas com a indicação "Subida Acentuada". Não havia nada a esconder. Tudo às claras como a meteorologia. A temperatura estava bastante agradável. Fizemos o passeio todo com um jersey de manga curta. Não foi preciso vestir o corta-vento. Também não havia nevoeiro nem vento. Tivemos mesmo sorte com a meteorologia.

Aproveitámos a subida para procurar trilhos alternativos para a descida. Vimos vários na zona do Sabugueiro. Na Lagoa Comprida também dava para fazer umas cenas engraçadas.

Estava na altura de fazer mais uma paragem. O pior já tinha passado. Da Lagoa Comprida até à Torre a inclinação já é pouca. Mas a paisagem, meus amigos, até faz cãibras nos dedos de tantas fotos tirar. É mesmo brutal. Quando se passa de carro não se consegue aperceber dos pequenos grandes pormenores desta serra.



Num pulinho estávamos no ponto mais alto de Portugal Continental: no topo da Serra da Estrela. Foram cerca de 30 quilómetros. A média foi de apenas um dígito. É como o ditado: "Devagar se vai ao longe". Sinceramente, pensámos que nos iria custar mais. Com bikes de BTT e com pneus também de BTT foi bem bom.



Ficámos por lá a fazer o nosso pic-nic que carregámos de casa. Ainda sobrou para um velhinho cão Serra da Estrela que por lá deambulava. Antes de nos lançarmos à descida eheh ainda fomos tirar umas fotos na estância de ski da Vodafone.

E bora lá que agora é a descer. Sempre a descer até à Lagoa Comprida. Não deixámos escapar um trilho para BTT mesmo ali ao lado da estrada. Depois de passar sobre um "adrenalizante" trilho sobre um muro, fiquei com as "orelhas bem quentes". Qual era o problema. Até foi giro...



Passámos sobre o paredão com uma vista fantástica da lagoa. A água escura e cintilantemente limpa faz-nos adivinhar o quão profunda deve ser a lagoa.

A seguir entrámos novamente na estrada para descer até avistarmos a aldeia do Sabugueiro. Aí apanhámos um trilho, que escondia algumas pedras, até à aldeia. Foi uma amostra do que poderão ser os trilhos da serra da Estrela: espectacularmente traiçoeiros.



À chegada ao Sabugueiro colhemos a flor que dá o nome à aldeia e fomos comer qualquer coisa. Parámos numa esplanada, pedimos umas bifanas e coca-cola. Foi dificil, tivemos de recusar insistentemente cozido à Portuguesa. Acho que era o prato do dia e estava com pouca saida...

A nossa aventura estava quase a terminar. Faltava uma pequena subida e novamente descer a sério até Seia. Para terminar só faltava mesmo a foto de grupo à chegada. "Ó" para eles tão satisfeitos.



E para acabar o dia em beleza, a piscina estava óptima.

5 comentários:

Blackbelly disse...

GRANDAS MALUCOSSSSSSSSSSSSSSSS

Team Santos disse...

Oh meus amigos eu já fiz isso tudo por alcatrão e nem dei pelas subidas LOL LOL é claro foi de carro, mas acho a vossa proeza um bom desafio.

Um abraço e continuem

Jorge

Anthology disse...

Bela volta... mas principalmente bela partilha de experiências aproveitando o BTT como motivo.
Muitos e boas voltas é o que vos desejo!

Cruzei-me com vocês há umas semanas a trás... estava eu na zona do Trancão a dar inicio ao Lisboa - Fátima e vinham vocês em sentido inverso.

Boas Férias!

Carlos disse...

Belas subidas, paisagens bem fixes, fotos como sempre do melhor.
Um dia destes faço Serra da Estrela que é um dos meus objectivos BTTisticos, mas apartir da terrinha dos meus pais, duríssimo mas é para durar um dia inteiro, com apoio talvez... de abastecimentos... a planear.
Continuem com estes relatos bem porreiros.

Pedro Pinto disse...

Fantástico !!!!!

Têm o percurso detalhado?

Cumps
Pedro Pinto
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