sábado, 29 de maio de 2010

Os melhores trilhos da Póvoa de Santa Iria

Hoje foi dia de ir ver como estão os trilhos aqui para os lados da Póvoa de Santa Iria. Responderam ao chamamento cinco pedalantes. Eu fiz 60km com 1100 de acumulado.

A foto de grupo:



Os trilhos estão bons, o Inverno rigoroso não os estragou muito. Mas estão cheios de carraças... Espero não ter alterado o habitat natural desses ectoparasitas!



Continua... Porque o Oeste é giro, mas está calor para voltas grandes!

domingo, 23 de maio de 2010

Rota do Queijo e da Escarpiada - Sicó

A serra do Sicó é uma zona muito bonita, mas exigente, para pedalar. Os trilhos são muito diversificados, excepto a pedra e a gravilha solta que estão quase sempre presentes. A zona tem muitos single-tracks o que é sempre bom para a adrenalina.

A 1.ª Rota do Queijo e da Escarpiada foi um passeio só com quarente e poucos quilómetros. Era o ideal para ir ver a serra do Sicó de outra forma. A última vez que por lá andámos ficámos um pouco sem vontade de lá voltar tal o empeno que apanhámos. Este passeio cumpriu as expectativas, sempre que podermos voltaremos ao Sicó...

A concentração foi em Condeixa, organizado pela associação Grande Alerta e um agrupamento de escuteiros. Estava tudo muito bem organizado, desde o estacionamento, secretariado e partida. A partida foi às 9h, pontualíssimo. Nós íamos a contar com um passeio mas afinal era uma maratona com controlo zero e tudo!

Demos uma voltinha por Condeixa e logo entrámos nos trilhos. Ah, mas estes trilhos já conhecíamos da nossa travessia. Passámos pelo meio das ruínas da cidade romana de Conimbriga e entrámos definitivamente nos trilhos de serra. O trilho junto do Rio dos Mouros também já conhecíamos, acho que é um rio sazonal, desta vez não tinha água.



Logo após a descida virámos à direita por uma subida de mais de um quilómetro cheia de pedra e bastante íngreme. Mesmo boa para um pedestre... Também era a única zona mais complicada. A partir daí tentámos recuperar o tempo perdido até a um pequeno abastecimento com água e laranjas fresquinhas. Soube mesmo bem apesar de ainda não estar muito calor.

As subidas estavam por todo o lado.



E os rebanhos de cabras também, será que foram estas que deram o leite para os queijos que nos ofereceram?...



Pouco depois passámos nas Buracas do Casmilo. Fotos aqui. Desta vez, não parámos para a foto pois estávamos a fazer o trilho ao contrário da última vez, ou seja, era a subir. E bem!

Mas depois foi descer, também "E bem". Num ápice tínhamos descido da serra. Voltámos a subir um pouco, pois claro, até a um ponto de controlo e novamente a descer bem por um trilho com pequenos drops naturais até ao abastecimento em Zambujal. Esta maratona tinha cinco ou seis pontos de controlo, os atalhantes tinham o "trabalho" dificultado hoje. Em todos esses controlos diziam que a Tânia era a primeira mulher e que éramos os quarenta e tal na classificação geral. Não acreditámos, nem ligávamos muito a isso, porque havia muitas mulheres neste evento e a nossa média velocidade era pouco mais de 12 km/h. Mas que a menina tinha direito a festa tinha, mas isso tem sempre, mesmo que vá em último! São poucas as mulheres que se aventuram nos trilhos e hoje os trilhos eram bem complicados.

No abastecimento havia o essencial. Só comi gomos de laranja, bananas e bebi água. Não vi as escarpiadas... Só as vi na meta mas paguei-as a um euro cada uma. É um doce genuinamente de Condeixa com pão, azeite, canela e açúcar amarelo. Muito bom.

Cá está um dos muitos single-tracks da serra do Sicó.



No regresso a Condeixa voltámos a passar no trilho do Rio dos Mouros e depois de uma outra descida ou subida chegámos à meta. A Tânia foi, de facto, a primeira mulher a chegar e, no geral, ocupámos os lugares 45 e 46 de mais de cem.

Como era cedo, ficámos a alongar e descansar no relvado a ver o pessoal chegar todo sorridente. Os trilhos foram muito bem escolhidos.





Depois de um banho de água quentinha e de um retemperante almoço convívio ficámos por lá mais um pouco pois tínhamos direito a um prémio: segundo lugar na categoria de casal. Entretanto continuava a chegar pessoal à meta, com os trilhos do Sicó não se brinca...

Hoje levámos os jerseys do ProjectoBTT, que é meio caminho andado para conhecer muita gente. E hoje conhecemos mais uma mão cheia de Projectistas.

No regresso a casa, viemos a comer cerejas, compradas à beira da estrada.



Vitória, vitória, acabou-se a história...

sábado, 22 de maio de 2010

Eu gosto é do Verão [...] de passearmos [...] e rirmos na praia

O Verão está aí! Chegou tão rápido que nem passou pela casa da prima Vera. A prima tinha preparado uns passeios pelo campo para ver as flores e sentir uma ou outra picadela das abelhas (ou das vespas, que dói mais), mas o tempo é assim. Fala-se muito dele, nos elevadores, na fila para apanhar o autocarro ou até mesmo na fila do supermercado quando é preciso comprar Purina. O gatito hoje está a experimentar a nova fórmula com Actilea, dizem que proporciona "uma vida longa, feliz e saudável". Como não faz BTT, come Purina com Actilea que é quase a mesma coisa...

Quanto a nós, ou as temperaturas baixam ou também vamos experimentar a nova fórmula Actilea. Com o calor que tem estado não nos convidem para voltas com mais de 30 km e que terminem depois das 11 horas da manhã. As GR (aka Grandes Rotas) também ficaram lá na casa da prima Vera.

É a vida! E a nossa hoje teve praia...

domingo, 16 de maio de 2010

Ida e volta a Santarém

Em dia de Alvalade-Porto Côvo, não quisemos ficar atrás e também fomos fazer quilómetros.

Saímos de casa a pedalar em direcção a Alverca, Vila Franca de Xira e Porto Alto. Paragem para o habitual café e pastel de nata. Não sei o que aconteceu ao pasteleiro mas estes pasteis estavam ao nível dos piores que já provei. Como foi lá que comi os melhores, vou dar-lhes uma segunda oportunidade.

Seguimos em direcção a Almeirim com poucas paragens e ritmo controlado. A estrada era plana, plana, plana! Não havia uma inclinaçãozita, que tédio! Próximo de Almeirim o cheiro dos morangais abriu-nos apetite.

Só parámos em Tapada (um pouco antes da Ponte D. Luís em Santarém) para almoçar. E que almoço, duas bifanas em pão-de-quilo.

Com a barriga composta fizemos a subida, da praxe, até Santarém. Fomos pela sombra e até se fez bem.

E regressar a casa, pela margem direita do Tejo. Por aqui já há subidas e descidas o que acabou por tornar o regresso mais agradável.

Parámos num, nosso conhecido, café em Vila Nova da Rainha para abastecer de água fresca.

Fizemos, 134 quilómetros com as Specialized Hardrock, sem Camelbak e com pseudo-atrelado.

Aqui está uma volta a NÃO repetir! Fazer quilómetros, simplesmente porque sim, definitivamente não é a nossa onda.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gruta da lapa de Santa Margarida

Depois dos 3000 e dos 2000 metros de acumulado andávamos a precisar de um passeio calminho para descansar as pernas. Pegámos nas Specialized, colocámos os pseudo-atrelados e assim descansámos também as costas. A ideia era ir descobrir a gruta da lapa de Santa Margarida e ir molhar o pezinho à praia.

Quem quer ir ver a gruta da lapa de Santa Margarida onde é que deixa o carro? Lá para os lados do Portinho da Arrábida, não é? Pois, mas nós deixámos em Palmela... Está-se mesmo a ver que não conseguimos fugir das subidas. Nem da chuva...

Começámos o nosso passeio às 11 horas da manhã. Deixámos o dia "amadurecer" para ver se chovia ou não. Parecia que não ia chover, mas à chegada a Palmela, tivemos a visita da chuva! Dentro do carro não chove, na rua também choveu por pouco tempo.

Quinta do Anjo, Cabanas e Vila Nogueira de Azeitão. Sempre por estrada que a malta anda farta de terrenos moles. A chuva também queria vir connosco. Encontrámos uma árvore centenária e escondemos as bikes, e nós também, debaixo das sua copa até ela passar. Nunca mais a vimos.



A chuva andava a vigiar-nos de longe. As subidas é que estavam ali mesmo à nossa frente, era preciso subir a serra. Os pneus Schwalbe Hurricane, com perfil semi slick, deram uma ajuda.

Da estrada avistámos um miradouro, fomos até lá tirar uma foto de grupo e definir estratégias para pesquisar a tal gruta.



Aqui a foto de grupo dentro da gruta de Santa Margarida.



A história deste sítio arqueológico pode ser lida aqui. Quando lerem a parte dos 200 degraus, desconfiem. É certo que o ermitão queria viver isolado, mas subir (ou descer) tantos degraus cansa qualquer um. Nós, como éramos dois, cansou ainda mais...

Se a descer já cansou, imaginem a subir...



Para recuperar fomos até ao Portinho da Arrábida, uma pequena aldeia e também uma praia muito concorrida no verão.





Para sair de lá tivemos de vencer uma subida com uma inclinação considerável, não levei o inclinómetro.

Já na estrada, em direcção à cidade do moscatel, do choco frito e dos golfinhos, passámos pelas nossas praias de eleição: Coelhos, Galapinhos e Galápos. Ai que nunca mais chega o Verão...



Como o acesso a estas praias não é fácil, fomos molhar os pés na praia da Figueirinha, um pouco mais à frente.





Seguimos para Setúbal para tentar encontrar o restaurante de uma amiga. Mas o telemóvel com o número tinha ficado em casa. Ohhhh, fica para a próxima. Regressámos a Palmela, só que subida fez-nos lembrar que ainda não tínhamos almoçado. O único sítio que apareceu foi um McDonalds... Quando saímos, uns metros mais à frente tínhamos choco frito, petinga, jaquinzinhos e outros petiscos. Fica para a próxima, já sabemos onde é.

O capacete da menina veio dali...



Foram férias meus amigos, foram férias! Se o tempo tivesse ajudado estaríamos hoje a chegar de uma grande aventura...

sábado, 8 de maio de 2010

Maratona Internacional Idanha-a-Nova/Zarza la Mayor

Este sábado fomos a uma das mais conhecidas maratonas de Portugal, a maratona internacional Idanha-a-Nova/Zarza la Mayor. Sinceramente, preferíamos não ter ido. Mas isso nada tem a ver com esta maratona, já tínhamos outras coisas combinadas mas que as previsões de tempo chuvoso estragou. Agora espero que chova torrencialmente a semana toda. Se não chover, senhores da meteorologia considerem-se convidados para um duelo... Com o programa giro adiado, mas não cancelado, decidimos pela alternativa maratona de Idanha-a-nova.

Partimos de Lisboa cedinho, os injectores do carrito andavam a precisar de uma limpeza do trânsito de cidade. O pequeno almoço foi tomado em andamento porque não queríamos ser "roubados" nas estações de serviço. Chegados a Idanha-a-Nova, havia alguma demora para levantamento dos frontais (tinha escrito bicha, mas depois reformulei para evitar confusões). Então a equipa desdobrou-se: a menina ficava na bich... ai... fila e eu fui preparar as bikes. Ainda vimos a Teresa e o Jorge e a Sandra. Não deu tempo para grandes conversas, às 9 horas já estávamos na partida. Tudo cronometrado, senhores da Formula 1, se precisarem ajuda para os pit stop nós aceitamos um part-time, desde que não seja aos domingos de manhã. Nesses dias preferimos ir passear para o campo de bicicleta todo o terreno.

Partida dada lá fomos nós descer a calçada romana que não conhecíamos. Que desilusão. Que necessidade haverá em fazer passar mais de mil pessoas, na partida, por esta calçada romana? Ao ritmo de pára-arranca, com os habituais chicos-espertos que pensavam que o mundo ia acabar e forçavam a passagem provocando algumas quedas, desmontei da bike e fui assim até ao fim.

Em Sr.ª da Graça, paragem sobre a ponte! Não percebi mesmo esta partida... Mas deve ser de nós que não estamos habituados a maratonas... Bora lá.

Percorremos alguns quilómetros por alcatrão e... Começa a chover! Ai que isto não estava a correr nada bem. A dúvida 50/100 começou a fazer parte das nossas cabeças. Entrámos nos trilhos, algumas poças com lama, outras só com água e os engarrafamentos habituais. O que não é habitual é ver pessoal quase a andar à porrada porque uns querem passar à frente empurrando as outras pessoas que pagaram o mesmo valor de inscrição. A Tânia fez de apaziguadora. Além disso, a discussão do primeiro lugar já ía a uns largos quilómetros mais à frente. Bora lá.



Os trilhos eram muito rolantes, seguíamos a bom andamento até que encontrámos os nossos amigos Amílcar e João. Tinham tido um furo. Cumprimentos da praxe e "até já, que vocês já nos apanham". Como o ritmo era elevado parámos no abastecimento da Zebreira para comer qualquer coisa. Mas só havia laranjas e água, o resto já tinha acabado... Felizmente íamos preparados com o Camelbak! Bora lá.

Avançámos em direcção a Segura. Que grande acolhimento, até havia música popular ao vivo. O abastecimento estava muito bom com pessoas a oferecer bananas, água e croissants. Bora lá.

Seguimos para uma das prometidas partes mais técnicas da maratona, um longo single-track ao longo da margem direita do rio Erges. À chegada às margens do rio que separa o território Português do Espanhol encontrámos a trupe dos Maníacos do Pedal (Kitos, Carlos, Meska e Dino), iam ao ritmo de gastar o flash das máquinas fotográficas e, como é isso que gostamos, seguimos todos juntos até ao final. Sem se combinar nada foi uma Maníacada. O trilho era de facto técnico mas só num ou outro local. Bora lá.



Agora ao rever as fotos lembrei-me devia ter trazido umas espigas de trigo para quem ficou cá em casa. Mas, pensando melhor, não mereceu. Não aspirou o chão, não lavou e secou a roupa e a louça, não limpou o pó dos móveis e não tinha feito uma sopa quente quando chegámos. Passou o dia a dormir... Se há boas vidas, uma é a de gato...

Deixámos as margens do rio Erges em direcção a Salvaterra do Extremo para depois sentir a adrenalina da descida pela calçada romana. Infelizmente tinha chovido e as pedras estavam escorregadias. Com mais ou menos pé no chão pouco tempo depois já estávamos novamente perto das águas do rio. O dia estava fresco senão a banhoca era garantida. Bora lá.



Passámos o pontão de Salvaterra do Extremo - Zarza e depois de uma pequena subida de alcatrão chegámos a uma calçada que nos levou até ao abastecimento de Zarza. Estava feita a primeira parte da maratona. Excelente abastecimento onde se incluía apoio mecânico. As CANYON são como os motores TDI: muito fiáveis mas gastam um pouco de óleo, problema resolvido pela assistência mecânica gratuita.

Encontrámos o Noddy (não é o Noddy do Noddy, é o Noddy) e a Beta que também tinham acabado de chegar. Estivemos por ali algum tempo a ganhar coragem para enfrentar os trilhos de regresso a Idanha. Disseram-me que eram rolantes até ao último abastecimento. Bora lá.



Vestimos o impermeável e bora lá que Portugal é para a esquerda. As subidas eram mesmo fraquinhas e aumentámos o ritmo. Depois de algum sobe e desce e mais um abastecimento (Toulões) chegámos a Alcafozes. Aqui estava a nossa amiga SUN à espera para nos tirar uma foto de grupo. Descansámos um bom bocado porque pela frente íamos ter várias subidas. A chuva ficou mais intensa e a lama estaria também à nossa espera sempre pronta para sugar as nossas rodas ou desviar-nos do caminho.

A chegada à barragem Marechal Carmona lembrou-nos que estávamos perto de Idanha. Esse sentimento era um misto de felicidade e sofrimento-à-vista. A calçada romana esperava-nos acompanhada de alguma chuva. Antes disso ainda apanhámos uma boa subida desde a fundação do paredão da barragem e uma descida complicada. A descida fez-se bem, com calma. Só havia uma trajectória possível, era preciso controlar bem a bike. Dava para ver uma ambulância no final o que nos fazia, inconscientemente, ir com mais calma.

E para finalizar, a calçada romana. Inicialmente a pedalar, depois a andar e depois a pedalar. Montei-me na bike e disse "Vou ficar à vossa frente na classificação". Foram as palavras mágicas para a Tânia e o Carlos começarem a pedalar... O Carlos nunca mais o vi... A Tânia chegou um bocadito (grande) cansada.



Para finalizar, a Tânia teve banho de água fria. Que maldade, isso não se faz. Então a menina tem a coragem de ir fazer 100km numa maratona com elevado grau de dificuldade, andou muitos quilómetros debaixo de chuva, esforça-se a subir algumas partes da calçada romana e depois não tem direito a água quente?!!

Resumindo, gostámos muito dos trilhos, a chuva estragou um pouco a festa, a sinalização estava perfeita, o track GPS fornecido só falhou na última parte junto da barragem. Negativo apenas o primeiro abastecimento e o banho de água fria para a Tânia.

O jantar foi muito animado com a presença do Monteiro (que chegou às 16:20 e esperou até às... Não me lembro) e da família BOY_SCOUT. Ainda tivemos a visita da Beta e do Manel.

No regresso a casa, novo encontro de amigos na área de serviço de Santarém.

Os números dizem que fizemos 103 quilómetros com 2000 metros de acumulado.

Bora lá?

sábado, 1 de maio de 2010

Desafio Bttralhos "A Idade da Pedra", tivemos coragem

Este desafio estava marcado nas nossas agendas logo que soubemos a data. Marcado na agenda, com post-its nas paredes lá de casa, marcas de caneta nas mãos para não esquecer, acho que só não colámos um papel na testa. Também não disse ao gato, mas foi falta de ideia. O gatito não se esquece de nada, podia-se esquecer de miar às 7 da manhã.... Não queríamos faltar. Iria ser o nosso maior desafio, não pela distância (110 km) mas pelas conhecidas pedras do Sicó e principalmente pelo acumulado. Mais de 3000 metros de acumulado. Ou seja, três quilómetros a subir na vertical, dá para imaginar... Esqueçam, não custou assim tanto!

Para complicar, quando chegámos a Vermoil começou a chover. Ai as pedras roliças... Estava muita gente e ainda bem, talvez 150. Acho que se deve apoiar este tipo de iniciativas. Absolutamente a custo zero e ainda com banhos quentes, dorsais e lanche. Sim, tudo grátis.

Os primeiros quilómetros foram feitos por um trilho rolante junto à linha do comboio, mas as "paredes" não tardariam... Olhem esta:



Esta subida foi boa para o aquecimentos dos gémeos (músculos) e tirar umas fotos ao pessoal.

A seguir vieram uma sucessão de single-tracks com pedras escorregadias (as tais roliças) e começámos a ver a coisa complicada. Os pneus tinham ar a mais, mas não era por isso. Quando as pedras estão molhadas torna-se difícil. Pedalámos, desmontámos, andámos, pedalámos, desmontámos à pressa, voltámos a pedalar... Foi assim durante uns quilómetros.



Ao atravessar o IC8 vieram as subidas e felizmente (estranho!!!) as coisas começaram a correr melhor, a velocidade diminui mas as trajectória que a bike tomava era previsível. Acho que deviam criar um grupo, no Facebook, do género "Eu não gosto de fazer BTT em pedras molhadas". Há por lá tanto grupo inútil que mais um nem se ia notar...

Esta foto é tirada quase no topo da serra do Sicó. Primeiro subimos por estradão largo e depois por single-tracks.


Nunca pedalei em tanto single-track como hoje. Uns mais técnicos que outros mas todos bem apertadinhos. Eram uns verdadeiros caminhos de cabras.



Caminhos de cabras e ovelhas também, afinal a seguir íamos passar pelo Rabaçal. Terra do famoso queijo destes dois mamíferos: um peludo outro lanzudo.

Ah, voltando a trás, a descer da serra do Sicó houve uma descida alucinante cheia de pedras afiadas. Até tivemos de parar a meio para abrir o amortecedor. Fomos apanhados de surpresa e com tanta trepidação não podíamos tirar a mão do guiador.

Depois de descansar um pouco por trilhos menos agressivos voltámos a subir bem, penso que ainda na serra do Sicó, até ao parque eólico.



No parque eólico havia também moinhos, um santuário (capela de Santo António) e um parque infantil. Isto em plena serra, a quase 500 metros de altitude.



Como já estávamos a subir há algum tempo, as descidas não tardariam... Quando a avistámos não queríamos acreditar. Era um ziguezaguear pela serra abaixo...



Só parámos junto das Buracas do Casmilo para a contemplação e registo fotográfico.



Mais um single-track apertadinho:



E chegámos ao Rabaçal, muitos companheiros estavam parados nas esplanadas. Isso fez-nos fome, como levávamos comida fizemos um pic-nic mais à frente com direito a soneca e tudo...



Aqui o pessoal da organização passou por nós e disse-nos que era mais uma subidita e depois sempre rolante até Ansião. Ai é, então ficamos aqui mais um pouco...

E assim foi, apanhámos mais duas ou três subidas e depois sempre em bom andamento até Ansião. Ainda tivemos de travar para deixar passar uma cobra de mais de um metro de comprimento. Nem disse boa tarde, mas acho que ia com pressa...

Chegámos a Ansião, e ao supermercado Ponto Fresco. Fizemos uma pausa grande para descansar, encher as mochilas com coisinhas boas e frescas acabadas de comprar e almoçar.

De regresso aos single-tracks:



Depois fizemos alguns quilómetros junto do rio Nabão. Este troço de rio brevemente estará seco, o caudal é muito reduzido e a quantidade de limos é impressionante. Parece um rio de água verde.



A subida aos moinhos das Corujeiras tirou-nos mais umas calorias do corpo. É um sitio bem bonito para contemplar a paisagem ou para contemplar a paisagem e fazer um pic-nic como nós.





O dia estava quase a acabar, o breu da noite queria ocupar o lugar dos raios de Sol. Mas nós estávamos quase a chegar ao final do nosso desafio. As últimas subidas foram feitas na mudança mais leve porque pareciam não acabar. Quando pensávamos que já não íamos subir mais lá aparecia mais uma subida.

Contemplar o pôr do Sol a pedalar, a dois, foi um dos bons momentos deste desafio. Outro momento marcante foi ficar a conhecer os nossos limites físicos, não aguentávamos muito mais. E não era por causa das luzes, porque essas iam na mochila... Nem precisámos delas porque no final fomos apanhados por outro grupo e aproveitámos a sinalização das luzes deles.

Cheguei ao fim ainda com força para levantar a bike:



Obrigado aos BTTRALHOS por este dia de BTT. Trilhos fantásticos, logística fantástica e preço... Eh pá, como não paguei não comento eheh. Até ao próximo desafio.