domingo, 31 de maio de 2009

2.º Passeio BTT - Cidade do Entroncamento

Este fim-de-semana voltámos ao Entroncamento para pedalar. Esta foi a 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, acho que é isso, foi a quarta vez que pedalámos na zona.

Depois de termos participado no I passeio cidade do Entroncamento, não poderíamos faltar à segunda edição, apesar da inflação. Por 18 Euros tivemos excelentes trilhos, apoio de uma organização 5 estrelas, almoço e... um jersey COFIDES. Bem bom, não é?

Estavamos inscritos nos 30km, parece que adivinhava que hoje não nos apetecia pedalar muito. Mas, por precaução, enchi o Camelbak de água. Nos primeiros quilómetros, ou até mesmo antes de começar a pedalar, percebemos que até os 30 quilómetros íam custar. Talvez reflexos da praia no Sábado... Se a vontade de pedalar e apreciar os trilhos (by Manel) era muita o Sol também era muito. E ganhou o Sol. Apesar da separação 30/60 ser desfavorável para a distância mais curta (era a subir), a opção sensata foi optar pelos 30 km.



Para me "vingar" acelerei na única subida do dia. Logo tive de abrandar porque o pulsómetro ficou em casa. Foi a banhos depois do Alvalade-Porto Covo e esqueci-me de o voltar a colocar na bike. Mas ainda deu para chegar ao abastecimento completamente "em água".

Até aqui tivemos a companhia dos vizinhos Tó e Ana. Depois do abastecimento seguimos quase sempre sozinhos até ao final. Pedalando depressa sempre que fazia Sol e abrandando nas sombras.



Pouco tempo depois estávamos no Parque do Bonito ao beijos e aos abraços para a objectivo do fotógrafo.



A chegada estava cinco minutos mais à frente. Como era cedo seguimos a 5 km/h. Ainda me perguntaram se estava tudo bem...

Desta vez fomos até à linha de meta. Viste Beta? Não nos esquecemos. Também era tão cedo... Ainda não tínhamos vontade de ir almoçar.

Os banhos foram de água bem quente, mesmo a calhar para relaxar os músculos, no Pavilhão Polidesportivo.

Fomos à procura do restaurante, mas nahnah nahnahnah. Almoço só às 12horas. Então fomos beber uma coca-cola para refrescar e ajudar a passar o tempo.

Depois do almoço muito agradável na companhia do Tó e da Ana, despedidas feitas, AC ON e "bora lá" para casa. A A1 estava cheia de cachecóis azuis.

Beta, Manel e restante organização foi 5 estrelas. Bem douradinhas pelo savoir-faire e pelo Sol impiedoso. Obrigado.

Sandra e Jorge, já têm mais dois leitores assíduos dos vossos relatos na blogosfera. Nós por cá continuaremos a partilhar as nossas voltinhas.

O ano passado foi a dureza da lama e este ano o calor. Este evento é um fenómeno... Claro que este relato não poderia terminar sem a palavra "fenómeno", ou não estivéssemos nós no Entroncamento.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Um dia desmonto umas peças da CANYON. Hoje é o dia.

A ideia era só desmontar o desviador traseiro SRAM X.9 para colocar massa nas roldanas. Talvez a última vez porque estão a precisar de... ir para o lixo. Estão a ficar gastas e aguçadas capazes de ferir os mais distraídos. Já que tinha tirado a corrente decidi também ver o estado do eixo da pedaleira e colocar um pouco de massa. Depois fui fazer o teste da suavidade ao cubo da roda de trás. Falhou: a roda não rodava livremente e por vezes parece que prendia. Deve ser falta de massa nas esferas, pensei eu. Mais uma coisa para desmontar. Este cubo teve uma revisão à menos de quatro meses. Não havia razão para estar assim. Desta vez, lubrificado por mim, tenho a certeza que ficou bem. Meus amigos, se puderem, "fujam" das oficinas de bikes. Peguem nuns manuais, no Google (ou outro equivalente) e comecem a fazer, com as vossas mãos, a manutenção à bike.

(Algum) Material necessário:

- Computador (de preferência portátil para levar para junto da bike) com acesso à Internet para consulta de alguns sites e Youtube com as instruções.

- Pelo menos um engenheiro para supervisionar. Arranjei um amarelo de quatro patas já que o outro tinha de trabalhar. O pior foi encontrar as esferas dos cubos XT na fase de montagem. O raio do gato passou a noite a brincar com elas... Agora parece que tenho um gato novo lá em casa: amarelo com patas pretas...

- WD40 para limpar e massa consistente para "sujar".

- Um garrafão de 5 litros de água. Mas vazio porque a água faz mal a estes componentes. Cortei-o a meio e transformou-se num belo recipiente para limpar as peças com o WD40.

- Ferramentas (muitas).

- Um bom programa na TV. Nada melhor que o António Câmara a falar de tecnologia.

- Na falta de melhor, álcool etílico para limpar eventuais salpicos de massa e óleo do quadro/pneus/discos/etc.

- Alguma habilidade e muita dedicação.



E pronto. Depois de algum tempo (muito), já está tudo montado na bike e a dona satisfeita por não terem sobrado peças. Mas se sobrassem era bom que fosse umas das pesadas para a bike ficar mais levezinha...

domingo, 24 de maio de 2009

4.ª Maratona BTT "cidade do Barreiro"

Hoje levantei-me cedo, tomei banhinho e pequeno almoço, coloquei uma barrita de chocolate e cereais no bolso e aí vamos nós até à serra da Arrábida.

Objectivo: ver e apoiar os participantes da 4.ª Maratona BTT "cidade do Barreiro". O local escolhido foi no meio da primeira subida. Já em plena serra da Arrábida. Arranjámos um bom local para a fotografia.

Vejam as fotos. Estão cá quase todos os participantes. Mulheres, se o vosso marido disse que ia à maratona do Barreiro e não está aqui nas fotos é mau sinal... Provavelmente...



Um agradecimento especial à Beta que prescindiu de uns "preciosos segundinhos" para nos cumprimentar. Até breve.

Hoje, para nós, foi um passeio pedestre pela serra. Será que vai pegar?!!

domingo, 17 de maio de 2009

Alvalade-Porto Côvo-Alvalade

Alvalade-Porto Côvo-Alvalade. Definitivamente o melhor evento de BTT em que participámos. Melhor a todos os níveis. Desde a organização sem uma única falha, trilhos fantásticos com algumas subidas para depois descansar nas descidas, apoio popular autêntico, alguma areia (pouca) para treinar a técnica eheheh, abastecimentos que davam para almoçar, simpatia, dois apoios mecânicos, várias ribeiras para ir limpando o pó LOL, um saco cheio de arroz e outras lembranças muito úteis para a época de "abrandamento" do BTT que se avizinha. Tudo isto por um preço de 12 Euros. E ainda uma bela refeição quente no final.

Esta foi a nossa segunda participação. Na primeira vez, a ideia do "nunca mais" ficou na nossa cabeça, apenas pela nossa fraca resistência física. Mas durante um ano fomos treinando para que o nosso físico nos deixasse apreciar a cem por cento este magnífico evento. E deixou!

Logo à chegada a Alvalade a organização nos encaminhou para um parque de estacionamento. Mas o carro não aqueceu o lugar. Levantámos os dorsais e lembranças, tomámos o pequeno almoço oferecido pela organização e fomos levar o carro até junto da chegada. Era aí que iriamos tomar banho e almoçar a horas de jantar.

Após a lubrificação das bikes e afinações finais avançámos para a zona da partida. Já estava muita gente no "garrafão" pois eram quase 9 horas. O objectivo era reduzir o tempo do ano passado sem quebras físicas ou problemas mecânicos. Já se sabe que as CANYON são "aquela máquina", desta vez um shifter SRAM X.9 ía preguiçoso. Afinal a preguiça era só em casa. Nos trilhos portou-se lindamente. Ainda não é desta que vai ser desmontado.

Os primeiros quilómetros foi no necessário alcatrão para alongar o pelotão. Não conseguimos descolar e entrámos nos trilhos num aglomerado de bttetistas com as frequentes e inevitáveis paragens.

A "entrada" nos arrozais permitiu alongar o pelotão e começámos a pedalar sem a preocupação de embater no guiador de algum companheiro.



A vontade de pedalar era tanta que, numa curva mal calculada, velocidade e areia a mais e... lá fui eu em frente. Sr.º agricultor, fui eu quem pisou uma ou duas plantinhas de milho. É que se tentasse virar era queda certa... E ainda me podia aleijar...

Não parámos no primeiro abastecimento (São Domingos), mas fizemos o nosso próprio abastecimento pouco depois para o necessário cúbito de marmelada. Era preciso reduzir o peso do Camelbak.

A chegada à zona da barragem de Campilhas é gira devido às breves subidas que dá para fazer ganhando balanço antes.



No abastecimento da barragem de Campilhas, célebre pelo camião TIR e pelas sandes de carne assada oferecidas aos participantes, encontrámos os Maníacos do Pedal. Não sei por onde tinham andado mas vinham com uma coisa esquisita na cara... Pó. Muito pó. "Eu não estou assim pois não?" Disseram-me que sim :(

Após uns quinze minutos de paragem seguimos viagem em direcção à serra do Cercal. Parece que agora é que vinham as subidas.



E vieram mesmo. Foi giro, pois logo a seguir vieram também as descidas. E a travar pouco é que giro!



Que bem que nos soube os cubos de laranja no abastecimento do Cercal. Comi uns quatro ou cinco. Estavam fresquíssimos...

Depois vem aquele single-track fabuloso na apelidada "selva amazónica".



Só não foi melhor porque uns "engraçadinhos" que iam à frente decidiram parar três vezes a dizer que havia um tronco. Na realidade não havia tronco nenhum. Teve piada? Sim, a primeira. Depois foi parvoíce... Não havia necessidade!

A chegada a Porto Côvo é sempre motivante. O povo junta-se na subida a aplaudir estes bravos que vêm de Alvaladade de bicicleta todo-o-terreno.



Em Porto Côvo, parámos cerca de 20 minutos. Foi um erro. Demorámos muito tempo até entrar no nosso ritmo outra vez e quando o apanhámos tivemos azar porque logo a seguir estava a última grande subida do dia. Já que íamos lentos, e parece que tínhamos desaprendido a andar na areia (private joke), parámos para a foto de grupo:



Nesta paragem de Porto Côvo, aproveitámos para fazer companhia ao Pacha que estava à espera de mais Maníacos do Pedal. Assim que ficou bem acompanhado fomos embora em direcção a Alvalade. Tempo ainda para cumprimentar uns amigos Projectistas.

A seguir ao abastecimento da Sonega demos por nós a andar a 30 e tal km/h. "O que é que puseram nos bolos?" LOL. Ou na sandes de ovo que levávamos... Desta vez em pão sem sal. É o que dá comprar sem ler a etiqueta...

Na segunda parte do percurso via-se pouca gente nos trilhos. Parece que ficaram todos em Porto Côvo. Pelo menos já vi relatos de horas de espera para almoçar.

Os quilómetros iam-se acumulando e Alvalade ficava cada vez mais próximo. O nosso objectivo estava prestes a ser alcançado.

Chegámos a Alvalade às 17:09 (7:15 a pedalar), o que é uma redução de mais de uma hora em relação ao tempo do ano passado. Desta vez foi muito mais giro porque fomos descontraídos, encontrámos muita gente conhecida e o nosso corpinho aguentou-se. Foram precisos uns bons alongamentos para tentar reduzir algumas dores.



Objectivo cumprido e ego satisfeito. Era hora de tomar banho e o almoço quase à hora do jantar.

Para o ano estamos lá outra vez, com o objectivo que corra tão bem como este ano. Ou com menos trabalho para a Margarita.



Vês Pedro? Fizemos os 120 km! Teresa, bem-vinda às longas distâncias.

domingo, 10 de maio de 2009

Nós pedalamos... Por um corredor verde!

Nós pedalámos por um corredor verde em Lisboa.

Tal como na última edição, fomos voluntários e ajudámos o GEOTA a divulgar esta causa.

Mais informação em: http://www.nospedalamos.org/.

20090510_NosPedalamos_LisboaLoures

30 segundos nos rolos por uma t-shirt

O desafio era pedalar 30 segundos nos rolos para ganhar uma t-shirt. Parece fácil? Mas para quem nunca experimentou era um verdadeiro desafio!

O vídeo seguinte conta a história.



Querem saber o que achámos dos rolos? Estão a imaginar a sensação de abrir um chocolate e saborear cada quadradinho? Não tem nada a ver...

domingo, 3 de maio de 2009

Coimbra-Tomar-Lisboa. A nossa primeira travessia.

Yessssssssssss, conseguimos. Já está! Venha a próxima. Mas mais acessívelzinha que esta deixou marcas no traseir...

Como não foi possível ir a Santiago de Compostela, tivemos de arranjar uma maneira de nos vingarmos. E que vingança! Travessia Coimbra - Lisboa, pelos Caminhos de Santiago, em dois dias.

1.ª Etapa (2 de Maio): Coimbra-Tomar

Este era o dia mais duro, segundo a altimetria do track. A zona também era completamente nova para nós, por isso era melhor não abusar, fazer "apenas" 100 kms e pernoitar na cidade dos templários: Tomar.

Saímos de Coimbra-B cerca das 9 horas, um pouco tarde mas não foi possível sair antes. A primeira paragem seria na Igreja de Santa Cruz.



Daí até à Ponte de Santa Clara foi muito rápido, só foi preciso alguma atenção para nos desviarmos do que sobrou da noite da queima das fitas. A próxima paragem foi inevitável, junto do Portugal dos Pequenitos.



Nesta altura, era preciso acelerar porque o sol já ia alto. Guardámos a máquina e siga até Conimbriga. Aqui a máquina decidiu não colaborar.

A próxima paragem foi na zona do Rio dos Mouros, serviu de ZA. Este trilho tinha algumas zonas com alguma pedra, nada compatíveis com o sistema de carga que coloquei na bike. Está aprovado!



Seguimos por trilhos rodeados de paisagens lindíssimas que por vezes até nos esquecíamos de parar para comer alguma coisa ou simplesmente fazer uma pausa. Nem sequer nos preocupava se íamos a bom ritmo. Era só apreciar a paisagem...

Passámos por Zambujal, Alvorge e Ansião, onde passámos pelo meio de um casamento. Cada grande rota que fazemos temos de "apanhar" com eles. Ouvi dizer que os casamentos estão a sair de moda. Deve ser igual aquela história do Alentejo ser plano.

A seguir veio uma valente subida, por trilhos, até uma simpática aldeia que não sei o nome. Mas lembro-me que me teria sabido bem lavar a cara e as mãos na fonte pública, infelizmente não tinha água. Tão bem localizada no Adro da capela e sem água! Mesmo assim fizemos ali a nossa refeição. Versão low-cost: sandes de ovo feitas de véspera. Só faltou a Coca-Cola, passo a publicidade. Só saciámos o nosso desejo em Alvaiázere.

Olhando para o GPS, já tínhamos ultrapassado os prometidos 900 metros de acumulado. Como estávamos quase a chegar a Tomar, abrandámos o ritmo porque no dia seguinte era para bater recordes. A certa altura, reconhecemos os trilhos de uma volta recente. Que maravilha repetir aquele trilho junto ao rio Nabão.



Quase 100 quilómetros depois de termos saído de Coimbra e 1650 metros de acumulado de subidas chegámos a Tomar.



O descanso da guerreira (esta foi para a foto):



Fotos do banho não há. Mas garanto que estava bom, com água quentinha.

Depois, fomos dar uma volta (a pé) pela cidade. Infelizmente a máquina ficou no quarto. Jantámos choco grelhado com batata a murro, delicioso e de fácil digestão. E fomos descansar as perninhas.

Foi assim o primeiro dia da nossa primeira travessia. Correu tudo bem, só não contávamos com tanto acumulado. Mas as paisagens ajudaram a esquecer as subidas.

Adormecemos a ver a novela...

2.ª Etapa (3 de Maio): Tomar-Lisboa

Esta foi a etapa do recorde de quilómetros num dia. No Alvalade-Porto Côvo-Alvalade tinhamos feito 130. Neste dia fizemos 133 entre Tomar e Póvoa de Santa Iria. Mas desta vez com uma volta bem dura na véspera. Mas com calma tudo se faz. Curiosamente, em ambos os dias pedalámos durante sete horas e meia.

Depois de um bom pequeno-almoço, deixámos a cidade de Tomar cerca das 8 horas. Por alcatrão. Íamos tão distraídos que me esqueci de olhar para o GPS e quando vi o track tinha ficado para trás. Foi só um quilómetro. O nosso trilho seguiu por um caminho junto à linha do comboio.



Até Vila Nova da Barquinha ainda apanhámos algumas subidas e descidas bem rápidas. Mas depois foi quase sempre plano.



Claro que fizemos várias paragens para apreciar a fauna e a flora ribatejana, como os este cavalos na Golegã.



Ou até parar o trânsito para tirar uma foto no meio de uma rotunda.



O trilho continuava plano. Por um lado era bom porque não havia subidas mas também não havia descidas para descansar.

As "saudades" das subidas foram desfeitas na subida para Santarém onde comemos uma bifana. E, logo a seguir, uma descida bem rápida em alcatrão.

Seguimos por Ponte Muge, Valada e Azambuja onde atravessámos por dentro da estação de comboios.






Até casa fomos sempre por estrada onde nos aguardava o gato cheio de saudades de rebolar à nossa frente, roçar nas nossas pernas e fazer rumrum.

Resumo: Coimbra-Tomar-Lisboa

Muita coisa terá ficado por dizer. Foi a nossa primeira travessia. Liiiiiiiiindo!

Chamaram-nos "malucos" quando dizíamos de onde vínhamos e para onde íamos. Mas foi giro passar estes dois dias pelos trilhos de Portugal. Encontrámos alguns peregrinos, todos estrangeiros, que respondiam ao nosso cumprimento com um "bonjour" ou um simples abanar de cabeça.

Travessia Coimbra-Tomar-Lisboa