sábado, 21 de fevereiro de 2009

Extreme pelo Oeste: 80km/1910m de acumulado

Esta volta foi mesmo até aos nossos limites. Não aguentamos muito mais de 80 quilómetros com 1910 metros de acumulado. Chegámos a casa bem cansaditos. Pensámos que no outro dia não nos conseguiríamos levantar com dores. Mas não. O domingo até correu bem. Foi estranho. Talvez do gel energético que tomámos durante a volta. Mas, apesar de termos ido quase até ao limite, não ficámos empenados.

Esta volta foi desenhada no Google Earth e aproveitando alguns troços de tracks que encontrei. Resultado: uma volta gira pela região do Oeste. A ideia era fazer uma volta "dura" com pouco alcatrão e sem trilhos complicados. Como a volta é grande e para fazer em autonomia não vale a pena complicar o que é fácil: passear de bicicleta.



Olhando para o track, a maior subida está no Sobralinho. Mas como é a primeira não custa nada fazê-la. Depois vem a "agonia": uma pequena grande subida. Esta soube a vingança para a Tânia. Foi a primeira vez que a Tânia a conseguiu subir. Penso que à terceira foi de vez!

Não me vou alongar muito em pormenores da volta porque este relato está a ser feito tarde e a más horas (a volta foi no dia 21FEV e hoje é 03MAR) e em breve lá voltaremos com os Maníacos. Embora numa versão mais fácil.

Mais fácil porque não me vou meter numa subida enorme acompanhada por uma descida demasiado técnica (feita à mão!). Desenhar tracks no Google Earth tem alguns inconvenientes: não se vêm as pedras e as valas dos trilhos!

No final deste relato está o link para o track GPS. Se têm gatos em casa que rebolam à vossa frente sempre que chegam a casa, evitem a parte junto do parque eólico de Fanhões. É uma descida brutal e perigosa.

Voltando um pouco atrás. Quando começámos a subir para Montachique o trilho do track tinha alguma lama e seguimos por estrada. Por mim não subia ao Cabeço de Montachique mas a Tânia olhou lá para cima e disse "claro que vamos". E fomos. Depois, lá em cima, a Tânia não me ligou nenhuma:



Com a motivação de ter subido ao Cabeço de Montachique ganhámos ânimo para cumprir todo o track que tinha desenhado: subir ao parque eólico de Fanhões e Mata do Paraíso.

A subida para a Mata do Paraíso foi feita por um estradão que parecia nunca mais acabar. Depois foi sempre a descer até Alpriate. Mas isso não quer dizer que tenha sido fácil. Os nossos pulsos já estavam esgotados.

A breve passagem pelo zona do Trancão obrigou-nos a ir lavar as bikes. Aquilo está cheio de lama.

Chegámos a casa quase às seis da tarde. Mas felizes por mais um dia passado a fazer BTT.

Track GPS: http://www.gpsies.com/map.do?fileId=rprowawhbyaclbqr

Grande Rota pelo Oeste (Reconhecimento)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Grande rota pelo Ribatejo até Coruche

A semana solarenga estava mesmo a pedir... uma grande rota pelo campo.

Pegámos no Google Earth e começámos a desenhar a volta sempre a fazer as contas aos quilómetros. Cada vez que se adicionava mais um pouco de trilho pensava-se "Ainda dá para fazer num dia. Avançamos mais um pouco". E, de tanto avançar, já estávamos próximo de Coruche. Save as GPX and send to GPS. Done.

O sábado não quis fazer a desfeita e amanheceu também com Sol. Apanhámos o comboio até Vila Franca de Xira porque andar na N10 logo ao amanhecer não é das coisas mais agradáveis e seguras para fazer.

O início da volta tem o incontornável alcatrão sempre embelezado pela travessia da ponte de Vila Franca de Xira e depois uma interminável recta até ao Porto Alto. Esta recta só não custou mais porque tínhamos um objectivo: saborear uns pasteis de nata quentinhos que estariam à nossa espera.

Tomado o pequeno almoço, seguimos até Benavente. Esta parte tem de ser feita por alcatrão. Há alternativas por terra mas é preciso um cartão que não temos. Esta zona também ainda deve ter alguma lama, por isso fomos por estrada.

Mal entrámos nos trilhos, parámos para uns registos fotográficos:



Nesta fase do trilho seguíamos junto ao canal de distribuição de água. Um grande single-track... É um trilho muito fácil de percorrer. Só é preciso ter um pouco de equilibrio pois à esquerda temos o canal e à direita um precipício.

Por vezes saíamos do trilho junto ao canal para estradões onde já podíamos ir mais descontraídos. Só era preciso desviar das auto-estradas. Apesar de vazias de carros, as infra-estruturas estão lá.



A nossa viagem continuava agradável a admirar as paisagens verdejantes semi-inundadas de água. Aproveitámos uma sombra e fizemos uma pausa para abastecimento. Chocolates e bananas.



Aproveitámos também para descansar um pouco. A próxima paragem seria em Coruche. Mas não é possível avançar sem parar para apreciar os animais que se atravessam à nossa frente ou simplesmente nos olham como se fossemos estranhos. Um dos momentos do dia foi ver a Tânia a atirar pedras a um rebanho de ovelhas só porque um cordeirinho estava deitado junto da sua progenitora. A Tânia pensava que o bichinho poderia estar doente. Mas nem com pedras ele se moveu. Quando a Tânia lhe começou a mandar beijinhos ele lá se mexeu como que dizendo que estava a apreciar o Sol. Preguiçoso...

Já próximos de Coruche a Tânia descobriu uns veados. Mais uma vez eu ia distraído.



Na foto não dá bem para ver. Os maganos disfarçam-se bem na paisagem. Mas pode-se ver o macho com as suas galhadas (hastes) rodeado pela fêmea e as crias. Quando nos viram esconderam-se por detrás de umas silvas. Mas não tínhamos pressa e esperámos. A pouco e pouco foram aparecendo e deu para tirar umas fotos. Acho que nunca mais vamos comer carne de veado...

Chegámos a Coruche antes do meio-dia. Como ainda não era hora de almoço fomos dar uma volta à vila e tirar umas fotos.



Passámos pela igreja onde estava a decorrer um casamento. Se não estivéssemos vestidos com roupa de ciclista ainda nos podíamos infiltrar no "copo de água" e não precisávamos de ir a um restaurante...

O restaurante escolhido foi o primeiro que vimos ao chegar a Coruche. Muito bem situado junto da zona ribeirinha/praia fluvial. Mesmo ao lado da ciclovia. Sim, em Coruche também há ciclovias!

O almoço foi o sempre rápido bitoque, magnificamente bem servido.

Depois de almoçar e com a praia ali mesmo ao lado o que é que vamos fazer? Pedalar para casa, claro. A saída de Coruche foi pelo "trilho" das pontes:



Com o cheiro a primavera que já se sentia em alguns locais e com paisagens tão relaxantes por vezes apetecia largar as bikes e ficar ali a apreciar a paisagem. A flora e fauna como um um lindo pónei que nos "obrigou" a sair da rota:



Mais à frente, o barulho dos motores de uns aviões ultra-leves levou-nos até uma história do programa de televisão Nós por Cá (SIC). Encontrámos uma escola de pilotagem (campo de voo de Benavente) vedada, a Sul, por uma edificação de vários postes. Desavenças entre vizinhos, segundo consta.



Para nós foi mais um momento de paragem a olhar para o ar... perdão, para os aviões. E a ver se não nos caía nenhum em cima. Aqueles objectos voadores vistos de perto, parecem tão frágeis! Ainda pensámos em ir dar uma volta num deles. Mas nenhum tinha suportes para bikes...

A nossa volta estava a chegar ao fim. Pelo menos a parte mais divertida. Até casa ainda nos esperavam alguns quilómetros de estrada.

Apesar de ter algum alcatrão (bastante) é uma volta que iremos repetir. Os quase 130 km deixaram-nos satisfeitos e com vontade de regressar na Primavera.

Ah, que saudades que tínhamos de chegar a casa com as bikes cheias de pó!

Pelo Ribatejo até Coruche (e volta)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

11.º PIP - Pinhal Novo

O Instituto de Meteorologia colocou o país em alerta laranja, mas como "chuva civil não molha Projectista" hoje foi dia de PIP (Passeio Informal do ProjectoBTT).

O fim de tarde e noite de ontem foi terrível em termos meteorológicos. Mas nós já estamos habituados a estas condições. Há dois meses que a chuva marca presença em quase todas as nossas voltas. E não era por isso que íamos faltar. Se estivesse muito mau pelo menos estaríamos no almoço. Esta era a hipótese mais provável.

Mas o domingo até amanheceu agradável. Céu quase limpo e sem vento. Então, pode-se dizer que um almoço virou passeio de BTT.

O PIP foi organizado pelos projectistas do Pinhal Novo. O passeio foi muito agradável e sem grande dificuldade, apesar de incluir uma passagem pela serra da Arrábida.

A chuva só apareceu quando estávamos a subir para o castelo de Palmela. Era aí o abastecimento. Chuva muito intensa e com granizo. Parecia que as coisas se iam complicar. Mas não. Alguém deve ter oferecido uma Torta de Azeitão ao S. Pedro. Uma ou mais, porque o abastecimento estava recheado de caixinhas com essas deliciosas iguarias.

A descida do Castelo foi muito fixe e seguimos em direcção aos moinhos. Desta vez conheci a versão mais fácil deste trilho. Em vez de subir, e passar mesmo junto aos ditos, seguimos em frente sempre por estradões. A única dificuldade foi passar um poça de água enoooooorme.



A seguir veio a descida mais complicada do dia com uma ravina provocada pelas chuvas. Depois entrámos em estradões para regressar ao Pinhal Novo. Foi nesta zona que apanhámos as maiores poças de água que jamais vi. A água dava-nos quase pela cintura. Aqui nem as meias SealSkinz nos valeram.



Ainda bem que levámos as Specialized. Tería-me "doído" tanto ao passar nestas poças com as Canyon. Passei a última semana a lubrificá-las. É verdade. Agora "virei" mecânico de bicicletas à noite. Lubrifiquei pedaleira, caixa de direcção, cubos e até os rodízios do desviador. Já sabem se precisarem de alguma ajuda com a vossa bike, não contem comigo! LOL. Posso dizer que até gostei deste trabalho de mecânica. Assim, fico com a certeza que está tudo lubrificado e com os apertos certos. Além disso poupa-se imenso dinheiro. Agora será a vez das Specialized "ir ao mecânico". É pena serem diferentes em quase tudo. Vou ter de aprender...

Bem, voltando ao PIP. Nesta altura o passeio estava no fim e era hora da banhoca e do almoço. Tudo 5 estrelas. Ou mais. Se já há hotéis com 6 e 7 estrelas, então estes organizadores (apesar de lhe chamarem desorganizadores) também merecem.

No almoço tivemos a presença da Maria João e do Paulo Pedro que nos contaram as peripécias da estadia de 3 meses em Cuba. Vieram tão convencidos que pretendem ir para lá viver... E agora uma novidade: a Maria João já tem bike (oferecida pelo ProjectoBTT) e está empenhada em fazer companhia ao Paulo nas pedaladas. Sim, fazer companhia ao Paulo, porque ele está bem melhor depois dos tratamentos.

Ah, e saiu-me um jersey nas rifas. É de uma marca de motas mas parece fixe.

A roupa ficou tão suja que o nosso gato parecia querer ajudar a Margarita.



Foi o nosso segundo PIP. Venha o próximo.

11.º PIP Pinhal Novo