sábado, 29 de novembro de 2008

I Entroncamento - Fátima - Entroncamento. Ao ritmo da amizade.

Este passeio já estava combinado há algum tempo. A meteorologia até tinha andado "porreira". Mas assim que a data se começou a aproximar, alguém "lá em cima" abriu as torneiras e a chuva apareceu acompanhada pelos amigos: frio, granizo e vento. Vieram todos! Só faltou o piriquito...

Na sexta-feira criámos um "fórum", com uma acesa troca de e-mails. Mas não era para desistir. Era para dar mais força. Falava-se da meteorologia, em tempo-real, em Lisboa, Torres Novas e Ourém. Chovia por todo o lado. As imagens de satélite não deixavam mentir. A conversa acabou com um incrível "até amanhã". Ou seja, não havia desistências.

Sábado, saímos de casa às 7 e tal da manhã. Não chovia. Mas apanhámos uma valente chuvada pelo caminho. À chegada ao Entroncamento também começou a chover. Era para ir habituando o corpo.

Fomos os primeiros a chegar, mas rapidamente se compôs o grupo e às 9 horas já estávamos prontos para o I passeio Entroncamento - Fátima - Entroncamento, ao ritmo da amizade.

Os primeiros quilómetros fizeram-se bem. Até não chovia.

Depois apareceram as dificuldades. Primeiro a lama. Ou melhor, barro. Andávamos um bocadinho e parávamos logo a seguir para tirar o barro das rodas.

Depois veio a chuva, o granizo e o frio. Apesar de ser desconfortável pelo menos não tínhamos de parar para limpar as rodas.

Fotos, houve poucas. Os dedos quase que congelaram e "transformaram" as nossas bikes numas single-speed ;)

Aqui a Tânia, apesar da chuva, ainda mantinha o sorriso. Já vi por aí uma foto sem o sorriso ;).



E o mais parecido com uma foto de grupo é isto:



Foi tirada quando uma simpática senhora nos deixou lavar a transmissão das bikes. Só falto eu na foto.

Um pouco antes de Fátima, apanhámos uma grande subida. Deu para aquecer e ganhar apetite para o almoço. Estava cá com uma fome... Comi quase 3 bifanas.

O local do almoço foi previamente escolhido pelos organizadores do passeio. E muito bem. Mesmo ao lado do Santuário de Fátima. As bifanas estavam excelentes. E as meias de leite deliciosamente quentinhas! Para beber e repetir!

Por baixo da nossa mesa parecia que passava um rio, tal a quantidade de água que escoava da nossa roupa e sapatos. A Tânia foi espremer as meias à casa de banho e lembrou-se de um novo item para colocar no CamelBak: umas meias. Dariam muito jeito. Tal como deram uma luvas extra que levámos.

O Manel ainda deu várias hipóteses de trilhos para regressar ao Entroncamento. Mas ao falar na opção "sensata" ninguém quis ouvir mais nada. Voltámos por estrada. Mas ainda apanhámos um ou outro trilhosito.

Foi duro, devido à chuva, granizo, frio e lama. Mas o grupo manteve-se unido e nunca se falou em desistir. As 3 meninas presentes mostraram que elas andam aí. Se a chegada a Fátima foi um pouco difícil, o regresso foi sempre a bom ritmo.

Para ser perfeito, entre aspas claro, só faltou a neve!

À chegada tivemos direito a lembranças (muito obrigado Luís) e um banho muiiiiito quente.

Obrigado Beta e Manel pelo convite. Ficamos à espera do próximo. Seco, como disse a Tânia.

I_EntroncamentoFatima_AoRitmoDaAmizade

domingo, 23 de novembro de 2008

Castelo dos Mouros (Sintra)

O parque de estacionamento, junto dos Arcos do Ramalhão, encheu-se esta manhã por um grupo de bttetistas dispostos a "conquistar" o castelo de Sintra aos Mouros. O Clube BTT Lisboa lançou o repto e ninguém ficou com medo. Apareceram mais de 40 bravos prontos para o "combate". E bravas...

Os guias delinearam a melhor estratégia de aproximação à fortaleza. Decidiram que era melhor separar os combatentes em dois grupos, consoante o andamento de cada um. Não sei o que o andamento tem a ver com combate a Mouros mas OK. Também não sei porque fomos incluídos no grupo avançado (hihihi).

E aí vamos nós. Sobe, sobe, sobe, uffff, sobe, sobe...

Não sei se foi do cansaço, mas pareceu-me ter visto uma aparição de Nossa Senhora e, tal como na lenda de Melides, nos disse:

"Não tenhais medo porque ides vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte."

Chegados à fortaleza, encontrámos a porta aberta. Entrámos sem pedir licença. Um a um, subimos os íngremes caminhos interiores da fortaleza do castelo dos Mouros.

Chegados ao topo gritámos:

"Vinde a nós se tenhais coragem, Mouros!".

E os Mouros: nada.

Esperámos um pouco e repetimos a ameaça. Mas dos Mouros nem rasto. Alguém se lembrou de ecoar um grito de guerra. Mas aquilo mais parecia um grito tirolês. Ganhámos por falta de comparência do adversário. Como o castelo já era nosso, aproveitámos e tirámos a foto de grupo.

[BREVEMENTE A FOTO DE GRUPO]



Mais tarde descobri que o castelo já era nosso desde 1147. E foi conquistado pelo culpado de não sermos Espanhóis: D. Afonso Henriques.

A história do castelo de Sintra (ou castelo dos Mouros) está na Wikipedia.

FONTE: Wikipedia

A seguir ao castelo apanhámos uma grande descida com folhas soltas até à estrada do Palácio da Pena. Depois de um sobe e desce por alguns trilhos já conhecidos e novidades chegámos à ZA.



Hoje também foi o dia das descidas. Como andam a fazer limpeza na mata, os trilhos estão cheios de paus e folhas. Nunca se sabe o que vamos encontrar. Quando não havia folhas, havia pedras. Também houve outras descidas mais técnicas, onde não é possível parar.

Já disse que também houve descidas?! Mas foi muito giro. Só desmontei umas... duas vezes...



No regresso, gostei do trilho à volta da lagoa azul. Mesmo ali à mão e nunca lá tinha passado!

domingo, 16 de novembro de 2008

Sta Eufémia e Parque de Monserrate (Sintra)

O sítio de Santa Eufémia é um dos mais antigos locais de povoamento humano da serra de Sintra (existiu lá um aglomerado neolítico, datado de 4000 a.C.). As privilegiadas condições de defesa do local terão determinado uma tão ancestral ocupação humana. O sítio de Santa Eufémia é um dos locais mais altos da serra de Sintra.

Mas nem isso nos demoveu, e ao grupo BTT Lisboa, de subir até lá a pedalar. Foi a nossa primeira volta com este grupo. Muitas outras se seguirão. Cada relato que lêmos no Fórum nos deixa com mais vontade que o próximo domingo chegue depressa.

A volta começou logo a subir por calçada portuguesa e alcatrão. Em alguns troços empinava tanto que a bike queria levantar de frente. Mas lá nos conseguimos aguentar. Os dois! E... chegámos ao sítio de Santa Eufémia. Soube a pouco. Então já chegámos?!! Eu estava à espera que fosse preciso subir mais. Mas não. Era já ali. Depois de dar umas voltinhas para recuperar o batimento cardíaco, fomos tirar a foto de grupo.



Como depois de uma subida há sempre uma descida seguimos rápidos em direcção ao Trilho Maravilha 1 (afinal o trilho tem nome!). A semana passada estava mais húmido.

E daí sempre a descer até ao Parque de Monserrate. Outrora quinta de pomares e culturas, existe como tal desde o séc. XVIII, quando Gerard DeVisme alugou a quinta à família Melo e Castro, sua proprietária. Desde então, todos os que se seguiram - William Beckford, a família Cook, o Estado Português e, finalmente, desde Setembro de 2000, a Parques de Sintra-Monte da Lua, S. A. - esforçaram-se por criar um maravilhoso jardim botânico, ímpar nas suas características.

Houve quem fosse aos medronhos (ver fotos). Eu entreti-me a fazer festas a um gatito (bem grande!) que por lá andava (estava, praticamente não se mexeu).





E, a seguir, subir até aos Capuchos para ir fazer um pequeno trilho mais técnico. Não fiz o drop. Fica para a próxima. Mas com tanta pedra antes e como não conhecia o trilho não consegui encontrar a melhor trajectória de aproximação. Desculpas...

Voltámos aos Capuchos e apanhámos um trilho que nos levou ao cimo da subida que normalmente fazemos nas voltas Maníacas. Apanhámos o trilho habitual até ao alcatrão e virámos à direita em direcção ao palácio da Pena.

Mas não fomos lá. Descemos por um trilho fantástico até ao palácio de Seteais.

Virámos à direita em direcção a Sintra, passando pelo palácio da Regaleira e, mais à frente, passando próximo da Piriquita, muito conhecido pelas queijadas e pastéis.

E chegámos ao fim. Obrigado ao grupo BTT Lisboa por esta manhã muito bem passada. Contem connosco para continuar a conhecer os encantos da serra de Sintra, em BTT.

A seguir ficam algumas fotos (algumas copiadas do Fórum do BTT Lisboa).

StaEufemiaSintra

domingo, 9 de novembro de 2008

Sintra

Depois de, na semana passada, termos feito alguma estrada, hoje fomos até Sintra "esticar as pernas". Foi uma voltinha típica com 30km e 750m de acumulado de subidas.

À chegada à Lagoa Azul, o Boy Scout ainda nos convidou para integrar o passeio do BTT Lisboa mas não podíamos esperar mais e avançámos para as subidas de Sintra. Havíamos de nos cruzar com eles na subida do Monge.

Foi uma bela manhã de BTT, a dois.

Apanhámos alguns engarrafamentos à entrada dos single-tracks (tal era a quantidade de BTTtistas que por lá andava), alguma lama nos "túneis" provocados pela vegetação e downhillers... no Caminho dos Carreiros.

A foto de grupo:

sábado, 8 de novembro de 2008

Festival Bike 2008 -Santarém

No sábado fomos até Santarém, de carro! Fomos participar na Maratona Festival Bike 2008 no outro lado. No lado do público. Hmmmm, a pedalar é que devia ter sido fixe. Talvez para o ano.

O resultado da nossa visita foi este:

Partida da maratona:



As "Pink Power":



Os Maníacos do Pedal:



Depois fomos ver a feira. Muita variedade menos nos preços. Cada vez estou mais satisfeito com a minha CANYON.

No regresso houve uma coisa que não correu bem. Eu que gosto tanto de dourada grelhada, hoje que já passou uma semana, ainda não lhe posso "sentir" o cheiro. A culpa foi do restaurante "A Cernelha". Quer dizer, a culpa foi minha. Quem é que me manda ter mais olhos que barriga! Depois de uma sopa da pedra não havia necessidade de pedir uma dourada...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

À descoberta do Ribatejo. O relato. Parte II.

Continuação...

Depois da ponte virámos à esquerda pelo dique de protecção de cheias até à praia fluvial de Valada. Este trilho é do género de single-track, tinha alguns troços mais largos mas outros com gravilha. Foi fixe. Para variar um pouco do excesso de alcatrão que tínhamos feito até ali.



Este trilho levou-nos até à praia fluvial de Valada [vídeo].



A seguir fomos fazer umas séries de subidas e descidas de uma calçada romana para... estragar a média!



Continuámos pelos Caminhos de Fátima. Estes trilhos apresentavam alguma lama. Mas, com um pouco de perícia, seguimos em bom ritmo. Nesta fase andávamos a pedalar por puro prazer. Sem a necessidade de cumprir um trilho pré-definido. Ao longe víamos Azambuja. Seguíamos nessa direcção a escolher o trilho que nos parecia mais interessante.

Mais à frente voltámos a encontrar o alcatrão. Mas assim que vimos uma placa indicando "Palácio" por uma estrada de terra, rapidamente concordámos em seguir por ali. Esta estrada levou-nos ao Palácio das Obras Novas (também conhecido por Palácio da Rainha). À chegada ao palácio, ficámos extasiados com a beleza natural da "Avenida das Palmeiras".



Durante o percurso de ida até ao palácio, não gostei nada de ver um curso de água ao meu lado direito. Desde logo suspeitei que teríamos de voltar para trás. Mas isso pouco interessava. Íamos à aventura. Mais tarde descobri que aquele curso de água era a Vala Real.



Perguntei a um pescador que por ali estava como podíamos ir até Azambuja. E a suspeita confirmou-se. Tínhamos de voltar para trás. Nada que nos incomodasse muito. Afinal eram só dois ou três quilómetros que nos pareceram meia dúzia de metros tal a rapidez com que voltámos à estrada que nos levaria à Azambuja.

Passámos por dentro da estação da CP e estacionámos numa tasca em frente à estação onde comemos uma belas bifanas rapidamente servidas.



Estávamos com tanta fome que desmobilizámos antes da máquina disparar...

Depois do almoço (bifanas) regressámos à estrada. A coisa estava negra. A chuva ameaçava aparecer a qualquer momento.



Mas tivemos sorte. Chegámos secos a casa.

À saída de Vila Nova da Rainha, deixámos a N3 e seguimos por uma estrada, menos movimentada, que passa junto da Central Termoeléctrica do Carregado. Andámos paralelamente à A1.



Passámos junto da estação da CP de Castanheira do Ribatejo e apanhámos a N10 à entrada de Vila Franca de Xira. Aqui passámos rapidamente enquanto os carros se amontoavam em filas. Ou melhor, era só uma fila. Todos paradinhos a ver-nos avançar...

Para concluir a volta, faltava conhecer a ciclovia que liga Vila Franca de Xira até Alhandra. Sabia que começava junto da praça de touros. Chegámos lá e não vimos nenhuma ciclovia. Pedimos ajuda a um segurança e ficámos a saber que existe um elevador para dar acesso à ciclovia. Um elevador não. Dois: um para subir e outro para descer. Isto para ultrapassar a linha férrea. Não havia uma maneira mais barata e com menos manutenção de fazer isto?!!

Quanto à ciclovia. Parabéns Maria da Luz Rosinha. Está espectacular.



Da zona ribeirinha de Alhandra subimos até a N10 onde fizemos os últimos quilómetros desta volta.



Foram quase 117 quilómetros. Iremos certamente repetir esta volta. Da próxima vamos tentar incluir mais trilhos.

Ribatejo - Até PonteMuge

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

À descoberta do Ribatejo. O relato. Parte I.

Amélia Luísa Helena de Orleães foi a última rainha de Portugal. Conhecida por rainha Dona Amélia. Era mulher do rei D. Carlos I, uma das vítimas do Regicídio de 1908.

E o que é que os reis e rainhas têm a ver com gatos ou BTT?!! Até vivemos numa República... Ah, mas já foi Monarquia... Não tem nada a ver com isso...

Foi à descoberta de uma ponte sobre o Rio Tejo, com o nome de "Ponte Rainha Dona Amélia", que no Sábado juntou 3 bttistas em direcção ao Ribatejo. Sabíamos que a ponte existia desde 14 de Janeiro de 1904 (inaugurada pelo rei D. Carlos I).

A manhã até estava agradável. Mas, de repente, o nevoeiro desceu e o Sol foi-se... Ligámos as luzes e avançámos, por estrada, até ao Porto Alto. Aí estava combinada a primeira paragem para abastecimento. Demorámos uma hora, certinha!

Depois de comer alguma coisa e tomar uma bebida quente, avançámos, sempre por estrada, por Benavente, Salvaterra de Magos e Muge.

Pelo caminho, fomos fazendo algumas paragens para apreciar as paisagens rurais.

Uma das paragens foi, logo após Benavente, numa ponte sobre um braço do rio Tejo, a Vala Nova.



Mais à frente, numa suposta breve paragem, para diminuir o espaço disponível no cartão de memória da máquina, uns domesticados poldros (ou cavalos) vieram até nós para receberem umas festinhas. Foi um dos momentos da volta!





Daí foi sempre a pedalar até Muge e à Ponte Rainha Dona Amélia. O tráfego automóvel faz-se alternadamente, regulado por semáforos. Existem ainda dois corredores laterais: um para bicicletas e outro para peões. Fizemos uma longa paragem para os automobilistas libertarem o tabuleiro porque queríamos tirar a nossa foto de grupo.



Esta ponte, projectada por Gustave Eiffel, tem uma arquitectura muito particular que nos deixa em silêncio a contemplar a sua beleza. A meio do tabuleiro, fizemos mais uma paragem para apreciar a paisagem envolvente.



Ultrapassada a ponte entrámos nos trilhos. O relato fica para mais tarde...

sábado, 1 de novembro de 2008

À descoberta do Ribatejo. 2 fotos.

Hoje fomos fazer estrada. Estava prevista uma volta com 100km. Acabámos por fazer um pouco mais. Por estradas, trilhos e ciclovias. Mais pormenores em breve. Para já, ficam duas fotos.