segunda-feira, 27 de junho de 2011

E às 40 semanas...



E às 40 semanas lá fez as malas e o checkout do pequeno T0. Pequeno mas confortável, com temperatura sempre constante, piscina com água a 37 graus, comidinha da boa sem ser preciso mexer um dedo, tudo de bom, portanto. Tudo não, ele não devia gostar dos vizinhos. Havia um que estava (e está! E que esteja por muitos e bons anos!) sempre a bater, cerca de 80 batidas por minuto, às vezes mais. Depois havia também os outros vizinhos que competiam pelo espaço ocupado pelo T0 dele, aumentavam de tamanho consoante eu bebia ou comia e lá ficava o pequeno com menos espaço para nadar na piscina. Havia também os "fantasmas" que lhe tocavam nos pés e falavam para ele sem que ele os (nos) visse. Ele deve ter pensado, "façam-me cócegas agora, façam, deixem-me crescer que já vou aí para fora! Depois queixem-se que não dormem, deixem-me dormiiiiir...".

Certo dia, certa tarde - mais precisamente -, comecei a sentir que tinha chegado o dia de conhecer o meu filhote. Continuei a trabalhar, como sempre fiz durante toda a gravidez, saí no horário normal, fui para casa jantar e tomar banho. Só quando as contracções ficaram mais fortes e frequentes é que fomos para a maternidade. Ou melhor, para junto da maternidade. Antes de entrar ainda fomos dar uma caminhada lá no quarteirão... Foi um parto normal, quase sem dor e lindo! Sentir o meu bebé nos braços. Ouvir o choro dele que deve ter chegado a toda a maternidade, ver a sua carinha - afinal os bebés não nascem feios e ensanguentados - linda, os seus grandes olhos abertos, a cabeçinha alongada (eheheh) com muito cabelo e grande. Cinquenta e quatro centímetros, um bebé espadaúdo com quase quatro (!) quilos. Vai ser um atleta... E pormenores do parto ficamos por aqui, ok?

Só mais uma coisa, sempre me senti à vontade em todo o trabalho de parto e para isso agradeço à Dr.ª Isabel Ramos de Almeida, do Centro de preparação para o Parto Mamãs e Companhia. Adorei o curso e, depois do parto do meu pequenote, reconheço que foi uma mais valia. Também agradeço às várias equipas da Maternidade Alfredo da Costa, pelo carinho e profissionalismo que me transmitiram durante todo o internamento. Li muita coisa sobre trabalhos de parto, o que se faz na MAC é exemplar e do melhor que há em Portugal. Obrigada por tudo!

Muito mais havia para escrever, mas tenho de ir ali ver do meu pequeno...

Ah, só mais uma coisa, já tenho saudades da minha barriguinha e, principalmente, de sentir os pontapés dele...