domingo, 26 de julho de 2009

Monsanto e Jamor

Sabem a que horas acordei este domingo para ir pedalar? Cedo, muito cedo. Antes do Sol nascer...

Fomos por estrada até ao ponto de encontro com os Maníacos do Pedal lá para os lados da RTP. Já não íamos chegar a horas, para piorar as coisas ainda tive de mandar ar para dentro do pneu porque tive um furo rapidamente selado pelo sistema self-sealing. O pessoal atrasou-se e, afinal, chegámos a tempo.

Começámos por alguns trilhos de Monsanto. Tivemos uma surpresa desagradável. Alguns trilhos estão a ser destruídos. Pelo menos o que liga o antigo Aquaparque ao heliporto. Depois de Sintra e Jamor agora a destruição chegou ao Monsanto. Se vão cortar as árvores também podiam levar os ramos. É uma das regras básicas na protecção contra incêndios florestais.

Dali seguimos para o Jamor. Magnificamente guiados pelo João Afonso nos trilhos da margem direita da ribeira. Passámos por alguns trilhos manhosos mas muito fixes, principalmente quando se chega ao fim inteiro... LOL

O regresso foi feito junto ao rio Tejo e com o... Já sabem... Refrescante gelado. Nunca falha.





(Fotos de Carlos)

sábado, 18 de julho de 2009

Subir pela Mata do Paraíso e "pneus".

A volta combinada pelos Maníacos do Pedal para este sábado foi inédita para nós.

Subir a Mata Do Paraíso até ao moinho! Nunca tínhamos feito a subir, só a descer. Mas a subir também é giro.

Descer até aos Pneus! Ah, aqui a descer é bastante mais fácil. Embora aqui a palavra fácil não seja a mais indicada. Porquê? Vão lá ver...

Subir os Pneus até metade! Aqui é que eu estava mais céptico. Mas, sim, é possível subir aquilo que até a descer é difícil.

Depois virámos à direita para um single maravilha. "Maravilha" porque os sapatos não escorregam mesmo em pisos inclinados...

Subimos até à central eléctrica e depois uma descida que trouxe à memória outras voltas.

Daí até casa foi um pulinho. Foram cerca de meia centena de quilómetros com alguma adrenalina.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Subida à Serra da Estrela (e descida)

Hello! Está por aí alguém? Já foram de férias? Não se esqueçam de levar as bikes para as férias. É que estar o dia inteiro deitado à beira mar ou piscina cansa um bocadito e ainda podem ficar com um escaldãozito... E depois a bike ganha ferrugem na corrente ou humidade nos cubos.

A pensar nisso tudo (ou não) fomos de férias para o interior de Portugal e levámos as bikes para junto da lareira!

A nossa ideia era subir à serra da Estrela desde Seia. Mas se as coisas corressem "mal" escolhemos um local com piscina. Mas o BTT ganhou. Ou melhor, ganhou o BTT de manhã e a piscina à tarde.

No dia anterior fomos fazer o reconhecimento de carro. Aproveitámos para fazer escalada. Tenho aqui uns vídeos engraçados. Parecemos uns quadrúpedes a pedir ajuda à Senhora da Boa Estrela. Mas a ajuda maior veio do restaurante Montes Hermínios (na estrada Covilhã-Torre). Não havia esparguete mas os bifes de novilho, apesar de escrito com caneta em papel branco, fez-me logo abrir o apetite. A Tânia ainda ficou com mais fome e pediu o bife de novilho à casa. Era um bife de novilho igual ao meu mas com a guarnição de uma sandes de queijo/presunto/(e outras coisas) em cima. Gostámos tanto que no dia que viemos para casa passámos por lá novamente para repetir as doses.

A Serra da Estrela é a maior elevação de Portugal Continental perdendo apenas para o Pico, nos Açores. O ponto mais elevado tem 1993 metros de altitude, tendo sido construída uma torre de 7 metros para completar os 2000 metros.

Fizemos o reconhecimento de carro a descer o que iríamos subir no dia seguinte. Seriam cerca de 30 quilómetros. Os últimos 10 pareciam bastante acessíveis. Até havia descidas. Os 10 do meio seriam muito complicados no início, desde o Sabugueiro. Está lá escrito que é aldeia mais alta de Portugal. Hmmmm, desconfio! Os primeiros 10, de Seia até ao Sabugueiro, seriam os piores. Iríamos subir dos 500 aos 1000 metros de altitude em menos de 10 quilómetros.

Mesmo assim a piscina não nos demoveu e no dia seguinte fizemo-nos literalmente à estrada.



A subida iria ser feita com as nossas bikes de BTT. As super magníficas CANYON. E com pneus de BTT. Não temos outros. Além disso, precisávamos deles para descer.

Os primeiros quilómetros foram para aquecer. Mas mesmo só os primeiros um ou dois. Depois começava logo a empinar e o horizonte a abrir. No museu do pão já tínhamos subido 50 metros. Só faltavam, 1993 menos 50, ora,... Nove e cinco dá 14... é só fazer as contas. Para já não importava.

Cada metro que subíamos era um regalo para a vista. Eram paisagens de perder de vista e nós a devorar alcatrão. Nunca mais chegava a descida para o Sabugueiro. Sabíamos que existia. Apesar de não acreditarmos em bruxas, já estávamos como os espanhóis: que las hay, las hay.

Fizemos uma paragem na Senhora da Espinheira para tomar café. Pouco depois alcançámos a descida que nos levaria até à aldeia do Sabugueiro. A bike não ganhava velocidade. Melhor assim, a descida não será assim tão grande como parece e na volta não custaria a subir.

Os quilómetros a seguir ao Sabugueiro eram bem empinadinhos. Notava-se pela velocidade do nosso conta-quilómetros. Mas se restassem dúvidas alguém colocou lá umas placas com a indicação "Subida Acentuada". Não havia nada a esconder. Tudo às claras como a meteorologia. A temperatura estava bastante agradável. Fizemos o passeio todo com um jersey de manga curta. Não foi preciso vestir o corta-vento. Também não havia nevoeiro nem vento. Tivemos mesmo sorte com a meteorologia.

Aproveitámos a subida para procurar trilhos alternativos para a descida. Vimos vários na zona do Sabugueiro. Na Lagoa Comprida também dava para fazer umas cenas engraçadas.

Estava na altura de fazer mais uma paragem. O pior já tinha passado. Da Lagoa Comprida até à Torre a inclinação já é pouca. Mas a paisagem, meus amigos, até faz cãibras nos dedos de tantas fotos tirar. É mesmo brutal. Quando se passa de carro não se consegue aperceber dos pequenos grandes pormenores desta serra.



Num pulinho estávamos no ponto mais alto de Portugal Continental: no topo da Serra da Estrela. Foram cerca de 30 quilómetros. A média foi de apenas um dígito. É como o ditado: "Devagar se vai ao longe". Sinceramente, pensámos que nos iria custar mais. Com bikes de BTT e com pneus também de BTT foi bem bom.



Ficámos por lá a fazer o nosso pic-nic que carregámos de casa. Ainda sobrou para um velhinho cão Serra da Estrela que por lá deambulava. Antes de nos lançarmos à descida eheh ainda fomos tirar umas fotos na estância de ski da Vodafone.

E bora lá que agora é a descer. Sempre a descer até à Lagoa Comprida. Não deixámos escapar um trilho para BTT mesmo ali ao lado da estrada. Depois de passar sobre um "adrenalizante" trilho sobre um muro, fiquei com as "orelhas bem quentes". Qual era o problema. Até foi giro...



Passámos sobre o paredão com uma vista fantástica da lagoa. A água escura e cintilantemente limpa faz-nos adivinhar o quão profunda deve ser a lagoa.

A seguir entrámos novamente na estrada para descer até avistarmos a aldeia do Sabugueiro. Aí apanhámos um trilho, que escondia algumas pedras, até à aldeia. Foi uma amostra do que poderão ser os trilhos da serra da Estrela: espectacularmente traiçoeiros.



À chegada ao Sabugueiro colhemos a flor que dá o nome à aldeia e fomos comer qualquer coisa. Parámos numa esplanada, pedimos umas bifanas e coca-cola. Foi dificil, tivemos de recusar insistentemente cozido à Portuguesa. Acho que era o prato do dia e estava com pouca saida...

A nossa aventura estava quase a terminar. Faltava uma pequena subida e novamente descer a sério até Seia. Para terminar só faltava mesmo a foto de grupo à chegada. "Ó" para eles tão satisfeitos.



E para acabar o dia em beleza, a piscina estava óptima.

domingo, 12 de julho de 2009

III Passeio BTT de Arraiolos

Regresso a Arraiolos para um passeio à moda antiga. Ou seja, guiado. Não podíamos perder esta oportunidade de passear pelos trilhos da zona depois da experiência da maratona.

Apesar de ser um passeio guiado, o ritmo era homogéneo não existindo muitas paragens. Deu para bater recordes de "dar à língua". Foram prai uns 15 a 20 quilómetros seguidos. E não fui eu...

A primeira paragem foi na Barragem da Carrasqueira, próximo de Santa Justa.



Depois de uma breve passagem pela aldeia da Igrejinha, chegámos ao abastecimento na margem da barragem do Divor. Para além do habitual neste tipo de eventos, havia também melão da zona. Fresquíssimo e saboroso.

A partir daqui foi ao estilo "salve-se quem puder". Ou seja, o passeio deixou de ser guiado para seguirmos as marcações no terreno.


(Foto de Mamede Nazaré)

O almoço foi muito bem servido, ao estilo da maratona. Com direito a várias entradas para além do magnífico almoço.

No final, houve um sorteio de prémios. Não nos calhou nada. Mas a Tânia veio de lá toda satisfeita com o seu troféu da maratona.



(Foto de Núcleo Cicloturismo de Arraiolos)

Como habitualmente, esta volta também teve gelado.

sábado, 11 de julho de 2009

As avestruzes são nossas amigas

Este sábado subimos até ao Cabeço de Montemor com os Maníacos do Pedal. Se da última vez apanhámos alguma lama, desta vez os trilhos estavam bem secos convidativos a largar os travões nas descidas.

O pior foi a avestruz a complicar a foto de grupo. Estavam todos com medo de ser "picados". Mas ela foi nossa amiga.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Serra da Lousã. Trevim e praias fluviais.

Aproveitámos a ida à Maratona do Vale do Vouga para tirar uns dias de férias na zona da serra da Lousã.

Visitámos rios, ribeiras, açudes, barragens e, como tínhamos lá as bikes, também pedalámos. E que "pedalanço". Subimos ao ponto mais elevado da serra da Lousã: o Trevim. A 1205 m de altitude. Se para apanhar cerejas tivemos de pedalar a um pouco mais de 900 metros de altitude, desta vez, para visitar o Centro de Emissão do Trevim, tivemos de subir até aos 1205 metros.

O track escolhido foi o do segundo dia do GEO-RAID de 2008 obtido no site da BikeMagazine. Foi o único track que arranjei a passar pelo Trevim, por isso servia na perfeição.

Saímos da Lousã, depois de tomar o pequeno almoço com pão da padaria São Pedro. Nunca falha, sempre que passamos na Lousã vem um saco desse pão para casa.

O perfil de altitudes assustava. São 20 quilómetros seguidos a subir dos 200 metros de altitude até aos 1200 metros. Depois uma descida até aos 1000 metros e, novamente, subir até aos 1200 metros. Depois disso parecia que era quase sempre a descer. Enchemos as mochilas de comida e bebida energética porque, às vezes, vontade não basta.



Estávamos a estrear os jerseys da maratona do Vale do Vouga. Bem giros e confortáveis.



A subida é dura. O trilho é fácil (estradão) mas a quantidade de quilómetros a subir vai fazendo mossa. A fauna da floresta é muito diversificada: carvalhos, sobreiros, medronheiros, pinheiros vulgares e outros mais esquisitos, acácias, eucaliptos, carquejais, tojais, giestais e muitas outras espécies. Em alguns locais a floresta é tão densa que o Sol não passa pela folhagem. A zona também é "rica" em animais, mas só vimos um coelhito e várias aves.

À medida que íamos subindo, o nosso campo de visão ia aumentando. Se tivéssemos levado os binóculos talvez víssemos o Homem do Bussaco (ou Buçaco).





Com calminha, avistámos o alto do Trevim. Parámos e tirámos uma foto de grupo.



O Trevim está atrás das nossas costas. Parece logo ali. Não é. Ainda faltavam umas boas subidas e um trilho agressivo. A temperatura estava muito boa lá em cima. Levávamos um agasalho mas não foi preciso. Durante toda a volta a temperatura esteve bastante agradável tornando-se uma aliada.





Finalmente vamos descer. Não muito. Só até avistar a aldeia do Coentral. Depois atravessámos a encosta para voltar a subir até ao aeródromo de Santo António das Neves.

Agora é que era descer a sério. Pelo meio passámos numa pequeníssima aldeia (Aigra Velha). Mais a baixo passámos por uma das célebres aldeias de xisto: Aigra Nova. Continuámos a descer com muitas curvas até encontrar, pela primeira vez neste track, alcatrão. Foi por pouco tempo. Entrámos num rápido estradão até ao miradouro da Candosa e depois uma descida alucinante até à praia fluvial do Cabril do Ceira em Serpins.





Ficámos por ali algum tempo a refrescar. Depois veio um single track "primitivo" junto ao rio Ceira. A última praia fluvial por onde passámos foi a da Senhora da Graça, próximo do parque de campismo de Serpins.

Pensámos que, a partir dali, seria sempre a rolar até à Lousã. Não. Ainda faltava uma subida que nos custou bastante talvez por não estarmos a contar com ela. Faltava esta para atingir os 70 quilómetros com 1700 metros de acumulado de subidas.

Foi assim um dos nossos dias de férias desta semana. Memorável.

domingo, 5 de julho de 2009

Caminhando e pedalando na IV Maratona Vale do Vouga

Quase dois anos depois da nossa adesão ao BTT encontrámos os trilhos mais bonitos e espectaculares de sempre. Em cerca de 40km percorremos estradões circundados por uma vegetação deslumbrante, subidas extasiantes, descidas alucinantes e vários ribeiros ou açudes para ir molhando o pezinho. Tudo isto bem misturado para ir variando. Foi assim a IV (meia) maratona BTT do Vale do Vouga.

Abrimos uma excepção e fomos a esta badalada maratona. Normalmente não vamos a maratonas nem a eventos com grande show-off. Mas os relatos de anos anteriores e a oferta de um jersey para o menino e para a menina levaram-nos a abrir uma excepção.

Eram muitos os inscritos mas só conhecemos o Team Santos (Sandra e Jorge) e no local menos óbvio: a alimentar o vício do café. Após uma breve conversa - tínhamos de nos ir aprontar - ficámos a saber que estava prevista chuva. O Jorge tinha visto a previsão meteorológica. Estamos tramados. Não tínhamos impermeável e até o óleo de corrente era para tempo seco...

E choveu mesmo. Após o controlo zero (novidade para nós) apareceu uma chuva miudinha. A avenida (Eugénio Ribeiro) era grande mas parecia pequena para acomodar tanta gente. Toda decorada e repleta de apoiantes. Parecia uma etapa do Tour.



O inicio da maratona foi a bom ritmo (demasiado elevado) pelas ruas e avenidas da cidade de Águeda. O pior veio quando entrámos nos trilhos. A chuva que era cada vez mais forte fez-me lembrar de outro "filme". Mas a lama era muito pouca. Claro que os trilhos estavam um pouco escorregadios mas à medida da nossa perícia e da capacidade dos pneus cumprirem as nossas ordens. O pior foi mesmo os engarrafamentos. Qualquer pedrinha mais saliente, estreitamento, riacho ou, pro vezes, sem qualquer causa o pessoal parava e... Eram longos e desesperantes minutos com a bike à mão. Foi pena, porque os trilhos eram fantásticos.



A partir do meio do passeio (ops, maratona) já se conseguia passar uns ribeiros sem desmontar. Afinal isto é BTT.



(Foto de Galvão)

As "gentes" de Águeda vieram em força para a rua apoiar os atletas. Era impressionante a quantidade de pessoas junto dos trilhos. Sempre que o trilho cruzava uma estrada ou nos riachos, éramos presenteados com um coro ensurdecedor de incentivos. Muito mais do que no Alvalade-Porto Côvo.

Pouco depois da ZA (muito boa) veio a inesquecível passagem pelo açude do rio Alfusqueiro. Normalmente, este açude não tem água a passar sobre o paredão. Não sei se foi a organização que pediu para fecharem as adufas, mas a água a transbordar pelo paredão e os ciclistas a passar formava uma paisagem... Mais vale uma imagem do que mil palavras:



Mais uma vez, apesar da chuva, o apoio popular estava lá.

Já muito perto da chegada ouço o pessoal muito assustado com uma subida que se aproximava. A dizer que "a organização não devia fazer isto", que "havia outros trilhos melhores para chegar a Águeda". Bem, pensei eu, aproxima-se mais uma zona de passeio pedestre. Afinal não. Era uma subidita de 50 metros bem acessível.

A chegada foi apoteótica, pela apoio popular às rosinhas do jersey da Tânia, onde fomos ultrapassados por três ou quatro pessoas que nos passaram a sprintar. Mas não ganharam nada os primeiros já tinham chegado há muito tempo. E os primeiros dos 80 km só chegariam quinze minutos depois.

Seguiu-se os habituais banhos e almoços, tudo irrepreensivelmente organizado. Como a lista de prémios a sortear era grande ficámos para ver a festa da cerimónia do pódio e ver se nos calhava alguma coisa no sorteio. Não tivemos sorte. Mas valeu pela experiência de ver a festa de entrega dos prémios aos vencedores.

O track dos 80 km já está guardado para o ir fazer qualquer dia. A zona é fantástica para o BTT. Tem sempre muita vegetação o que é óptimo para nos proteger do calor nos dias mais quentes. Hoje, protegeu-nos da chuva.