domingo, 31 de agosto de 2008

Obrigaram-me a levantar cedo para ir pedalar.

"Miguel, Miguel, levanta-te. Já são 7 horas". Hoje acordei assim. Sem vontadinha nenhuma de ir pedalar. Mas a Tânia foi mordida por algum bicho que não lhe dá sono aos domingos de manhã. Ainda para mais, depois de um sábado complicado.

A muito custo lá tive de me levantar e ir preparar as bikes: verificar a pressão dos pneus, estado das pastilhas ("Que pena, ainda não estão gastas!", pensei eu) e retirar as luzes do nocturno. Esqueci-me de retirar a de trás. Por isso me custou tanto fazer as subidas...

Ainda fui ao fórum ver se cancelaram a volta. Mas não. Pelos vistos tinha mesmo de ir para as Bragadas.

Saímos de casa e começámos a subir. Nas calmas, claro. No mais leve possível, a ver se chegávamos atrasados ao ponto de encontro e o pessoal já ter zarpado. Mas quase todos chegaram atrasados... Hoje não era o meu dia de sorte. Nem as frases que pronunciava faziam sentido.

O grupo foi aumentando até 14, penso eu. E partimos em direcção ao empeno. Rolar ao encontro das subidas.

Fizemos, a subir, trilhos que habitualmente fazemos a descer. Trilhos muito técnicos tanto a subir como a descer. Maioritariamente com pedras. Mas também havia raízes. E cobras! Isso mesmo, cobras rastejantes. Rastejantes não. Aquela dava saltos na vertical. Eu vi-a toda enroladita e fiquei mais a cima a avisar. Então o raio da cobra, quando a Tânia ia a passar, deu um salto na vertical. Ainda bem que não lhe conseguiu acertar. Nunca tinha visto coisa igual... Foi a primeira vez que vi a Tânia a pedalar tão rápido. E era a subir!

Ainda em relação aos trilhos, foi uma reedição da versão curta do Raid das Bragadas. As subidas eram demasiado técnicas para mim. A certa altura, farto de desmontar, montei-me e lá fui eu serra acima decidido a não desmontar. Consegui. Passei por pedras, valas e mais pedras mas lá me consegui equilibrar. Gostámos muito de uns singles-tracks na Mata do Paraíso. Muito fixe. As descidas também eram fixes. Talvez por isso, a Tânia tenha dito "Gostei, gostei, gostei.".

Chegámos a casa cansados mas satisfeitos. Ainda bem que não ficámos em casa, pois foi uma volta muito porreira. Bons trilhos com pessoal 5 estrelas.

Aqui estava a Tânia a chegar à ZA:



Vejam os malandros dos cabritos a fazerem-nos pirraça em cima das pedras. Deviam estar a querer dizer: vejam como é fácil!

A descer em direcção à Mata do Paraíso:



E aqui vou eu num single-track antes da descida para o restaurante dos pneus.



São estas paisagens que nos tiram o sono:



Mini-Bragadas

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

BTT nocturno powered by Sigma Powerled Black

Hoje foi o dia: a estreia num nocturno a sério.

Apanhei boleia de uns Maníacos enrolas e andei por aí. Não sei por onde andei mas que foi fixe foi. Muito fixe mesmo. Fiquei fã. Cheguei a casa após 40km com uma média de 20,66 km/h. Acho que amanhã vou acordar todo empenado.

A lanterna é uma Sigma Powerled Black. Aprovadíssima. Andei sempre no mínimo e é mais que suficiente.

Fiquei com a sensação que à noite se anda mais depressa e até parece mais fácil fazer as subidas.

Apesar de ter levado a máquina, não houve tempo para tirar fotos.

domingo, 24 de agosto de 2008

Sobralinho

Voltinha pelo Trancão, Vialonga, Alverca, Sobralinho e Calhandriz.

Com muita gente! Éramos 11 bbtetistas dispostos a enfrentar a subida do Sobralinho.



E mais tarde a subida da Agonia. Fixe, consegui! Aquilo empiiiiiiiina... A Tânia vai ter de continuar a comer esparguete e broa de milho. Mas não vai descansar enquanto lá não voltarmos. Desta vez fiquei com o track.

Sobralinho

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um ano de pedaladas

Após um ano a fazer BTT é altura de parar… para pensar e fazer um relato de um ano de aventuras.

Começámos com umas Specialized Hardrock, andámos pela Arrábida, pela zona de Lisboa e até fomos a Idanha-a-Nova. As nossas "prestações" eram fraquinhas. Ainda nos recordamos o quanto esperaram por nós no passeio QVG/ACIN na Arrábida. Mas não nos desmotivámos. Voltámos várias vezes à Arrábida para umas voltinhas com o Clube de BTT de Vale de Barrios. Quando fomos a Idanha-a-Nova já andávamos um bocadinho melhor e aquelas paisagens davam-nos força para continuar.

O vício pegou.

Entretanto chegou o Inverno e a vontade de pedalar não era muita… até conhecermos os Maníacos do Pedal. A partir daí foi sempre a andar. Quase nunca faltamos. E a partir daqui evoluímos mais um bocadinho mas as Specialized não acompanhavam a evolução. Eram pesadas e com uma transmissão fraquíssima. Aos poucos renovámos a frota lá de casa. Primeiro para a menina e depois para o menino antes que se esgotassem. Foram umas Canyon Nerve XC. Bem, que diferença! Após a adaptação à suspensão total agora estamos convencidos que valeram o dinheiro. A evolução continuou, e após muita insistência do Jaime e da Carla (a quem agradecemos também muitas das voltinhas que demos com eles e queremos mais) passámos a andar com os pezinhos presos. Outra grande evolução e zero quedas de adaptação (excepto com uns pedais que experimentámos que era muito difícil desencaixar).

A maior aventura deste ano foi o Alvalade-Porto Côvo-Alvalade. 130km num dia. Chegámos a uma altura que as dores eram tantas que parece que já não doía nada. Mas chegámos ao fim. A subida à serra de Montejunto também fica guardada no nosso álbum de memórias deste ano.

Para quem faz este desporto para emagrecer, vou desfazer esse mito. É mentira. Nós estamos exactamente com o mesmo peso de há um ano! Se calhar devíamos comer menos cubos de marmelada…

Como ponto negativo neste ano há apenas a registar uma queda da Tânia em Montemor-o-Novo que lhe provocou alguns arranhões e duas semanas sem andar de bike.

Obrigado a todos os companheiros pela vossa excelente companhia e espero que continuem a esperar por nós no final das subidas. Da nossa parte, prometemos diminuir esse tempo de espera. Não, diminuir não. Tentar diminuir, assim é que é.

E para finalizar, um pequeno vídeo dos melhores momentos do nosso primeiro ano a fazer BTT.

domingo, 17 de agosto de 2008

Voltinha digestiva

Depois da chanfana, sopa de feijão, doces de todo o tipo e termos sido "corridos" pela chuva, nada melhor que uma voltinha digestiva.

Fomos desafiados pelo Lúcio para uma voltinha até Santa Apolónia com regresso por Unhos.

A foto de grupo foi tirada na torre da Galp, no Parque das Nações.



No Parque das Nações encontrámos o edias e o David que nos fizeram companhia no regresso.

Chegados a Alpriate começaram os palpites por onde subir para a Póvoa. Eu queria fazer a subida do raid das Bragadas. Depois começou-se a falar em subir a descida de Alpriate. Exactamente, subir a descida. Eu sempre conheci aquilo como descida. Nunca pensei que fosse possível subi-la montado numa bike de BTT. Até a descer é difícil...

Mas fizê-mo-la. E nem custou muito. Foram 600 metros sempre a subir com uma inclinação considerável que a bike quase levantava de frente. Só o Vitinha desmontou já quase lá em cima porque ia num ritmo muito elevado.

Para mim e para a Tânia parecia intransponível! Pensei que não fosse possível mas conseguimos...iuuupi!!!!!!!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Passeio pedestre nocturno

Fim de semana prolongado, e como muitos portugueses, rumámos ao Algar... Ops, não foi para aí!! Foi mais para cima, mais para Norte. Fomos até à serra da Lousã.

Zona "rica" em trilhos de BTT. Apesar das bikes terem ficado em casa, andámos por lá a fazer umas pesquisas para uma próxima aventura.

Uma amostra do que há por lá:



Muita gente já conhece porque em todos os cantos havia tendas.

Mais um exemplo de um trilho, bom para fazer no verão:



À noite fomos fazer um passeio nocturno, pedestre claro. Claro como a noite. Só ligámos a lanterna nas zonas mais acidentadas. Como era véspera de lua cheia a luminosidade reflectida pela Lua era suficiente para nos iluminar.



Gostámos muito. Qualquer dia vamos experimentar um nocturno em BTT.

A chuva decidiu aparecer no Sábado e forçou-nos a voltar para casa mais cedo :-(

domingo, 10 de agosto de 2008

Vila Nova da Rainha

Sair de casa a pedalar tem uma logística muito mais fácil. Como a volta era em Vila Nova da Rainha saímos a pedalar. Calma... não fomos até lá a pedalar. Foi só até à estação de comboio mais próxima. Já lá estavam alguns companheiros e haviam de chegar outros.

De bilhete na mão descemos as escadas em direcção à linha 3. Os revisores já estavam à nossa espera. Porque será?!! Isto de ter Maníacos a "conduzir" comboios tem as suas vantagens...

Aproveitei para tomar o pequeno-almoço durante a viagem, enquanto as meninas punham a conversa em dia. Não, não foi no bar do comboio. Foi mesmo uma sandes que levava no bolso do jersey. Era melhor digeri-la já para subir mais depressa. Mas... faltava o café. Este já foi tomado em Vila Nova da Rainha, mas a preço de Lisboa: 55 cêntimos.

Após o agrupamento seguimos 14 Maníacos em direcção aos trilhos. Gostámos muito. Rolante e umas pequenas subidas para esticar as pernas.



Na primeira descida acho que nos perdemos. O nosso guia - Kitos - fez um pequeno briefing descrevendo a existência de uma vala. Mas chegámos lá a baixo e ninguém viu a dita. Hmmmm, acho que não havia vala nenhuma. Foi só para o pessoal ir com atenção para evitar as quedas. Mais à frente, um colega nosso não conseguiu evitar uma queda. Ou então, mandou-se para o chão para não nos fazer companhia no regresso a pedalar. Mais foi só um arranhãozito...

Mais um sobe e desce até encontrar uma zona mais plana. Aí vi-me lixado para acompanhar dois enrolas. Mas também estava em desvantagem. Eles andaram a fazer tuning à clavícula. O meu conta-km foi atacado por um pau e nem sei a que velocidades andei...

Após uns problemas técnicos com as bikes de alguns companheiros e tirada a foto de grupo seguimos, cada uma para o seu destino: para casa, a pedalar para casa e... para o comboio. Estes últimos estavam com o medo do calor. Mas o regresso fez-se muito bem e em bom ritmo. Uma paragem de 2 minutos em Alverca é que me complicou os músculos. A partir daí vim com umas pequenas dores. Mas tive que as aguentar pois para chegar a casa é preciso subir.

As meninas da volta:




Aqui a Tânia, a subir de forma, em grande ritmo que até é preciso travar nas subidas:




Tivemos a companhia de um fiel amigo:



Foi uma boa volta. Com a serra de Montejunto como pano de fundo que nos fez lembrar outras aventuras.

Vila Nova da Rainha

sábado, 9 de agosto de 2008

"Apresentar" o Trancão à Sónia

Hoje fomos dar a conhecer o Trancão a uma nova bttista, nossa vizinha. A Sónia. Trancão até ao Parque das Nações e voltar pelo Trancão.

Temos Mulher! Apesar de, teoricamente, a bike da Sónia só ter 21 velocidades, portou-se muito bem. Teoricamente, porque o pedaleiro mais pequeno não entra e a primeira velocidade atrás também não.





Foi um record de kms para a Sónia que só estava habituada a voltinhas de 1 hora. Segunda-feira já lhe pergunto como estão as pernas?!!

domingo, 3 de agosto de 2008

9.º PIP - Alcácer do Sal

Mais um domingo, mais uma aventura. Desta vez partimos em direcção ao Algarve. Mas ficámos por Alcácer do Sal para participar na nona edição do Passeio Informal do ProjectoBTT. Para nós foi o primeiro.

Fomos com a Maria João e o Paulo Pedro que aceitaram o convite para estarem presentes. Gostaram imenso do ambiente. A Maria João prometeu que vai aderir ao BTT quando o Paulo recuperar. Isto é realmente viciante:

ver o pessoal em fila indiana no meio dos arrozais.



e cheios de calor e com tanta água logo ali ao lado:



mas a organização foi amiga e mandou o pessoal para a água:



O percurso foi muito rolante, junto ao canal de abastecimento de água e pelo meio dos arrozais.





Adorámos o passeio. Trilhos lindos para se fazer nas calmas. E para terminar, uma bela subida para evitar passar no centro de Alcácer do Sal. O pessoal vinha embalado no alcatrão e... toca a reduzir que o trilho vai empinar.

Depois do banho, veio o saboroso almoço de confraternização. No Alentejo come-se muito bem. A especialidade da casa era açorda de espinafres com ameijoas. Hmmm que delícia.

E o belo bolo:



Adorámos o ambiente do PIP e a oportunidade de rever "velhos" companheiros das nossas voltinhas pela serra da Arrábida. Ficou também prometido o nosso regresso em Outubro para a maratona do Vale do Sado.

Ah, só não gostei dos picos que atacaram a roda da bike da Tânia. Não havia necessidade. Nós íamos por bem. Mas não nos venceram. A câmara de ar tinha líquido anti-furo. eheheh

9.º PIP - Alcacer do Sal

sábado, 2 de agosto de 2008

Lezírias de Vila Franca de Xira

Há muito que estava prometida uma voltinha com a família Pascoal (o Tó Miguel e a Ana), que conhecemos noutras paragens.

Foi hoje. E logo por uma boa causa. O Tó Pascoal está a ajudar a organizar um passeio de BTT de solidariedade com o Paulo Pedro. O Paulo teve um acidente em 2005, enquanto praticava BTT, e está a precisar de ajuda para poder ir a Cuba recuperar das lesões que ainda tem. Em breve colocarei, neste blog, mais informações sobre o Paulo Pedro e como o podemos ajudar.

Partimos de Alhandra em direcção a Vila Franca de Xira e daí, pela ponte, até às lezírias. Fomos, guiados por GPS, até à Ponta da Erva, mas os flamingos não estavam lá. Malandros.

Mas animais não faltam por aquelas paragens: vacas, touros, cavalos e até patos bravos.



E CANYON's?!! Upa upa. Quase que os dedos de uma mão não chegavam para as contar. Até vi um belo exemplar branquinho.



Que bela foto:



E um "belo" bttetista a atravessar a ponte de Vila Franca:



Foi uma volta fixe, sempre rolante. O que não quer dizer que tenha sido fácil. É que se não pedalássemos não saíamos do mesmo sítio. Acho que não gosto de trilhos 100% rolantes. É uma canseira!

Lezirias_VFX


private joke: ainda me "ardem as pernas" ao tomar banho.