domingo, 1 de dezembro de 2013

Corrida do Sporting 2013

Bla, bla, bla (isto para começar um post, promete...), que este ano é o do Sporting, que o Sporting olé, que só eu sei porque não fico em casa, e bla, bla, bla...

Eu fui ver.

Inscrevi-me na corrida do Sporting, equipei-me com uma cor neutra e fui ver a toca do leão.

Mas não vi, estava tudo fechado. Guardei um pouca de energia para o sprint final, em glória, dentro do estádio, mas a meta era nos arredores... Ainda por cima a subir!

A minha prestação, em modo de treino para outras paragens, teve duas partes distintas. A primeira em modo mostra-o-que-vales e a segunda em modo estás-todo-queimadinho-agora-aguenta. Gostei mais da primeira parte, apesar do resultado negativo da prova de aferição...

Brioooooooooooooooooosa...

Adenda: agora que fui ver as classificações, é capaz de ser - mesmo - o ano do Sporting. Acho que nunca fiquei tão bem classificado numa prova! Fiquei em 973.º em 4240 participantes (3150 com um tempo inferior a uma hora).

Disclaimer: não sou adepto de nenhum clube dos chamados grandes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

20kms, entre o trabalho e o jantar.

Esta sexta-feira foi dia de fazer algo diferente. Ir a correr, depois do trabalho, para casa!
Depois de um breve aquecimento nos jardins do Campo Grande, fiz-me à estrada. Primeiro pelo bairro de Alvalade - com receio de levar alguma bolada (dizem-me que este ano há muitos golos por lá) - avenida do brasil e, primeira dificuldade do dia, subir da rotunda do relógio para a zona da feira do relógio.

Depois, tenho a dizer o seguinte: a avenida Marechal Gomes da Costa é enooooorme... Felizmente era a descer, o que não trouxe grande vantagem pois a ideia do treinador era ir num ritmo minimamente confortável.

A opção de descer até ao Parque das Nações, adicionou mais quilómetros mas tem a vantagem de não ter trânsito. É certo que perdi o diploma de atleta-com-mais-quase-atropelamentos-nas-passadeiras-dos-olivais-encarnação-e-portela, o que - se calhar - até é bom.

Na foz do rio Trancão, termina a parte agradável e começa a parte pior: correr na N10. Não há grande história para contar para além do óbvio: barulho, poluição, mau cheiro da ETAR, fábricas... Chega? É que ainda há aquelas pessoas que buzinam e tiram a cabeça de dentro do carro para gritar não sei o quê... Não vale a pena, não ouço. Não dispenso os phones, pelo menos em zona urbana.

Já cheguei de noite, embora a última parte tenha sido feita em passeios, trilhos e zonas residenciais.

Aqui fica o registo, fotos não há. Uma falha grave na história deste blogue, mas para a próxima tiro uma às linhas longitudinais da estrada. É melhor tirar às guias, para não ter de ir para o meio da estrada.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Relato de uma tarde de domingo

Por este blog abaixo (mas sempre de grande nível) há relatos de grandes aventuras ao domingo. Desde dias inteiros a pedalar, a simples passeios de fim-de-tarde, passando por umas corridas de 10 kms ou mesmo meias-maratonas. Há de tudo, até passeios pedestres.

Hoje fiz uma coisa diferente, algo que nunca tinha feito. E, até agora, o melhor programa para uma tarde de domingo. Passei umas boas horas a montar um móvel do IKEA com o pequeno S., foi uma animação.


Numa linguagem própria, mais parecida com Alemão do que com Português, lá ía repetindo o nome das peças e ferramentas. E ajudou imenso! Dava-me os parafusos quando lhe pedia, claro que os tentava enfiar em tudo o que era buraco. Mas no fim, não faltou nenhuma peça e o móvel parece-me inteiro. Algumas partes eram pequenas, em que o pequeno S. me foi dando uma-a-uma dizendo "eta, eta"...

Há medida que a estrutura ia ganhando forma, o rapaz dançava, literalmente. Estava a gostar da forma do seu novo brinquedo. Claro que, logo que viu a oportunidade, subiu para cima daquilo e sentou-se lançando o olhar de isto-é-meu-e-daqui-ninguém-me-tira! Mas entretanto, o saco dos parafusos tornou-se mais interessante e deixou-me terminar a obra.

É certo que o quarto do S. está mais arrumado, mas também mais fácil de desarrumar. Mal virámos costas, ouviu-se um grande barulho no quarto... Era uma gaveta de brinquedos, acabada de arrumar, que apareceu misteriosamente no chão. Não sabemos quem foi, porque o pequeno S. começou logo a encolher os ombros e a dizer "ó, ó" e apontar para o estrago... Portanto, não terá sido ele, ou será que foi?

E para terminar o dia, uma pequena corrida a 6 minutos por quilómetro (com chuva, claro), para recuperar dos 20 de ontem.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Trail Run Bucelas, o meu primeiro trail!

Há tanto tempo que andava a querer participar numa prova de trail que quando vi um evento mesmo aqui do outro lado da serra, em Bucelas (1.º Trail Run Bucelas), não pensei duas vezes e inscrevi-me. Na distância maior, claro. À Homem!

Claro que há muito tempo que incluo treinos em terra batida, mas não passa disso mesmo, de terra batida. Num trail espera-se outro tipo de terreno. Também treino em passeios e estradas de cidade, logo já estou treinado para me desviar de buracos e caca de cão. Pode não parecer mas ajuda...

Na véspera caíram umas chuvadas que enlamearam os trilhos, essa foi a maior dificuldade. Os trilhos estavam mais escorregadios e os ténis o dobro mais pesados.

O início da prova foi em alcatrão, a subir, para separar o trigo do joio. Mas nestas provas do trail não há joio, há homens (e mulheres) corajosos dispostos a superar os seus próprios limites. Talvez inspirados no Ulrich, pensam: se o Carlos Sá aguenta nós também aguentamos!  "Ai aguenta, aguenta"...

Se, na estrada, toda a gente corre mais que eu a descer, no trail, sou mais competitivo (!). Aguentei-me bem, só sendo ultrapassado por duas senhoras que mais tarde vi que ficaram em segundo e terceiro lugar. Nos primeiros quilómetros eu passava-as nas subidas e elas passavam-me nas descidas. Até que nunca mais as vi...

Até aos 12 quilómetros foi um sobe e desce constante por entre estradões e carreiros de cabras (acho que também lhe chamam single-tracks) que conheço bem dos treinos de BTT, onde não faltou o trilho da cascata de Bucelas.

Depois da separação dos percursos começámos logo por lavar os pés. Hesitei se deveria tirar os ténis, podia aleijar-me em algum vidro ou pedra mais afiada. Como não têm GORE-TEX, vão secar. E assim foi, calçado.



Segui-se uma longa subida até perto da central eléctrica de Fanhões. Na descida aproveitei para recuperar algum tempo, a um ritmo inferior a 5min/km. Mas sem exageros, pois estava muito escorregadio e ainda faltava a subida até perto de Santa Eulália. Nesta altura sentia-me bem, pois descansei na subida...


Parei no abastecimento, parei em todos, para comer uma fruta e um resto do gel para me dar energia para a grande subida que faltava. Mais uma vez a lama estava a estragar a festa, foi pena.

O percurso foi espectacular, apesar da lama, não ouvi ninguém a queixar-se das condições do piso nem das duras subidas. Estávamos lá para isso.

A descida final já foi muito cautelosa, estava perto de concluir o meu primeiro trail. Um trail de categoria difícil com mais de 800m de altimetria e mais de 23 km.

Na chegada estava praticamente exausto, acho que não tinha forças para pegar um porco pelo rabo! Sim, um porco, porque para um gato ainda tinha...

Depois dos alongamentos, notava que tinha um andar estranho... Estranho, este nosso corpo. Durante a prova não senti qualquer dor e 10 minutos depois de terminar parece que nem sabia andar. Uma tarde de repouso foi suficiente para a recuperação. Nos dois dias a seguir à prova ainda andava com umas dorezitas e já estou pronto para outro.

A boa notícia chegou à noitinha, consegui o objetivo de ficar classificado do meio da tabela para cima. Fiquei no lugar 119 entre 249 participantes masculinos, com o tempo oficial de 2h33m55s. No setor feminino, participaram, na distância longa, 31 elementos.

Dos relatos que já vi, toda a gente publicou uma foto com as suas sapatilhas envolvidas numa película (grossa ou com várias camadas) de lama. Confesso que deixei escapar a oportunidade, mas tratei logo que foi possível de lhe devolver as cores originais. Para elas foi também a estreia num trail, só tinha feito dois treinos de habituação em terra batida.

O relato do blog "Nem 80 Nem 8" tem um conjunto de fotos que retratam algumas partes do percurso. E não falta, claro, a foto da praxe... E uma perspectiva no feminino.

Experimentem o trail, as dores passam em dois dias. Se treinarem talvez nem as sintam.
 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Grande Prémio "Fim da Europa"

Diz-se "Dificilmente haverá prova mais bonita", confirmo. Com o tempo farrusco e depois de uns dias de tempestade que abalou a paisagem da serra de Sintra, a beleza natural estava lá. Um cenário fantástico para uma corrida de montanha, cujas inscrições esgotaram muito cedo, com partida do centro histórico de Sintra (Fonte Mourisca) e chegada no ponto mais ocidental do continente europeu, o Cabo da Roca.

Foram cerca de 17 quilómetros, primeiro pelas verdejantes paisagens do interior da serra de Sintra e depois com o oceano atlântico, e os vários percursos pedestres, no horizonte.

A ida para Sintra foi debaixo de chuva, levando-me a pensar se iria correr de impermeável. O meu impermeável é mais corta-vento que outra coisa, decidi correr de jersey. Quando cheguei a Sintra, depois do café (doping bom!), a chuva parou. Ótimo, enquanto eu iria correr o pessoal cá de casa foi passear de "tuu-tuu" pela vila de Sintra. O pequeno S. adorou...

Os primeiros quilómetros marcam esta corrida, fica o conselho a quem me quiser acompanhar para o ano. Fiz os primeiros 1000 metros a um ritmo confortável de 5min/km, assustei-me com a mensagem do Endomondo. Abrandei para 6min/km no segundo e arrastei-me no terceiro quilómetro. O terceiro quilómetro é tudo o que não se deseja numa corrida. Tudo não, só uma coisa: a inclinação. A paisagem é fantástica, verde, refrescante, parece retirada de um episódio do National Geographic.

Neste terceiro quilómetro percebi que o objetivo que tinha para a corrida não era possível. O Endomondo piorava as coisas atribuindo-me 7min30s. Mais tarde confirmei que não foi bem assim, o GPS não registou corretamente o percurso devido às apertadas curvas da estrada.

A prova é bastante acessível, se retirar-mos os três quilómetros iniciais e uma subida por volta dos 10 quilómetros. A certeza que os quilómetros finais são a descer dá-nos o conforto para enfrentar as subidas que vão surgindo.

Nos quilómetros de descida não consegui o ritmo desejado, talvez por, psicologicamente, saber que não iria conseguir o tempo objetivo. O ritmo de descida andou a cerca de 4m30s/km.

Terminei a prova com 1h29m26s (tempo oficial), cerca de dez minutos acima do objetivo... Em termos classificativos, fiquei no lugar 380 em 898 participantes. Acima do meio da tabela como eu gosto...

Depois de uma bebida de recuperação, da Gold Nutrition (oferecida pela organização), e de uma banana, só sobrou tempo de fazer os alongamentos e entrar no autocarro que me levaria até à Azóia para reunir a claque de apoio...

Pelo entusiasmo dos atletas nesta prova, penso que a organização (Câmara Municipal de Sintra) irá fazer um esforço para pôr a crise de lado e continuar a proporcionar-nos uma excelente manhã pelas estradas da serra de Sintra e do Cabo da Roca.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Corrida de Montanha, fui tomar um café a Arruda

No dia em que os meteorologistas prometiam descida acentuada de temperatura, acompanhada de chuva e vento moderado, decidi fazer uma corrida de montanha até Arruda dos Vinhos para tomar um café e um pastel de Natal. Consegui, bastou acreditar. Não choveu, levei roupa a mais e o café afinal foi uma meia-de-leite.

A organização desta corrida esteve muito bem, percurso muito bom (apesar das subidas, mas estava lá para isso) com um misto de estrada e trilhos e abastecimentos nos locais certos. Bastava esticar um braço e tinha água, esticava o outro e tinha uma barrita ou um gel. A água levei-a à cintura e as barras num bolsos das calças... Organizo-me mesmo bem.

A corrida foi solitária, duas horas em que se pensa em muita coisa menos na corrida em si (exceto nas subidas). A liberdade de correr na montanha e escolher o nosso caminho é uma maravilha neste desporto. Como as pernas aguentaram o "esticão", qualquer dia volto a repetir o destino mas com muito mais trilhos pois eu sei onde estão... A distância aumentará um pouco e a dificuldade também o que melhora o desafio.