quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Picos de Europa: Fuente Dé - Áliva - Pido - Espinama

Férias nos Picos de Europa. Dia 2: Fuente Dé - Áliva - Pido - Espinama.

A caminhada de hoje, na Cantábria, já ia "debaixo de olho", foi-me recomendada e ao ver as fotos fiquei à espera que as férias começassem...

Deixámos o carro em Espinama, a três quilómetros de Fuente Dé, onde terminaria a caminhada e seguimos a pé até Fuente Dé. É um sítio muito turístico devido, em parte, ao teleférico que nos eleva 753 metros em menos de quatro minutos.

Antes de embarcar, tivemos de comprar os bilhetes (cerca de 9 Euros, só ida) e aguardar uma hora e meia até que chamassem o nosso número (setecientos setenta). Tempo mais que suficiente para tomar um café solo e conhecer todos os cantos de Fuente Dé. Como, por exemplo, um exemplar das primeiras versões do teleférico. Medo!



Antes de entrar para o teleférico ainda pensei: "a pé é que se subia bem". À medida que subíamos deixámos de ver pessoas e carros estacionados em vários parques de estacionamento para vermos formigas a ficar cada vez mais pequeninas.



O raio do aparelho demora tanto tempo a atracar que eu tive a certeza que a pé tinha vindo melhor. A viagem até correu bem, foi rápida e sem grandes abananços. Mas quando chegámos lá ao topo, o aparelho parou e nós ficámos ali a abanar ao vento dentro de uma cabine envidraçada. Só pensava que aquilo se ia desprender e éramos todos recambiados para Fuente Dé a alta velocidade. Depois, lá teria de ir o gatito arranhar aquele pessoal todo e exigir o dinheiro de volta para comprar Purina...

Felizmente correu tudo bem e já repostos do susto, pelo menos as pernas já não tinham "formigueiro" fomos para cima de uma plataforma em rede tirar fotos.



Era hora de pegar nos bastões e na máquina fotográfica e começar a caminhada em direcção a Áliva. O teleférico deixou-nos a uma altitude de 1834 metros e ainda subimos, a pé, até aos 1925 metros. A partir daí foi quase sempre a descer.





Para os mais cansados há um jipe do governo de Cantábria que leva as pessoas de volta para o teleférico, como na estrada estava muito pó optámos por um caminho alternativo até ao refúgio de Áliva. Depois deste refúgio já havia muito menos caminheiros, apesar do percurso ser sempre a descer.



A partir daqui encontrámos vários rebanhos de ovelhas, vacas, burros, cavalos e cães. Mas os cães são tão diferentes dos que costumamos encontrar em Portugal. Olhem para foto seguinte, não estava nada incomodado connosco.



A caminhada continuava a descer, a descer tanto que já começava a doer o dedo grande do pé. Aproveitámos um pequeno riacho para refrescar as mãos e tirar uma foto a uma colónia de "peixes-cabeçudos".



A certa altura, já fartos de descer por estradão, encontrámos uma bifurcação não documentada nos panfletos que tínhamos. O estradão continuava para Espinama, à direita tínhamos um carreiro por uma descida alucinante feito há pouco tempo com degraus em madeira para ajudar em algumas partes.





Depois da descida entrámos dentro de uma floresta, ao estilo de Sintra, com o percurso sempre bem marcado em direcção a Fuente Dé.



A certa altura, saímos da rota em direcção a Pido para apanhar um outro trilho até Espinama, onde tínhamos deixado o carro.

Para nos recompormos dos 16 quilómetros de caminhada, veio mesmo a calhar um bocadillo de chorizo de produção própria em Espinama. Lembrem-se que chorizo é com "z" e não com "s", faz toda a diferença para nos entenderem o que estamos a pedir.



Depois disto tudo, está-se mesmo a ver o que fizemos o resto do dia: piscina para lá, piscina para cá... No parque de campismo La Viorna. Durante a rota ainda houve tempo para geocaching, sobre isso falamos noutro post.

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