Mais uma vez não tivemos medo da chuva e do frio e fomos até Vila de Rei, uma rica vila no centro de Portugal. Rica, literalmente, impressiona a quantidade de escolas, jardins de infância, arruamentos, tudo novo, que há e que estão a fazer nesta terra. Quase não se vê ninguém na rua, o que torna tudo isso mais impressionante.
Já tínhamos decidido a caminhada a fazer, trilho das cascatas, mesmo assim passámos pelo posto de turismo/informação. Estava fechado. Não tínhamos folheto da caminhada, por isso avançámos, de carro, pela vila à procura das setas da rota. Junto do mercado municipal (edifício imponente e muito bem conservado, claro) lá estavam as setas de madeira com as cores de pequena rota, amarelo e vermelho, e a indicação do Trilho das Cascatas.
Após breve passagem pelas lindíssimas ruas empedradas da vila, deixámos o povoado e entrámos nos trilhos.
Caminhos muito fáceis, estradões largos, até ouvir o som da água a precipitar-se pelas cascatas do Escalvadouro.
A descoberta destas cascatas é uma surpresa, vamos por um caminho florestal normalíssimo com sobreiros. De repente a vegetação começa a ser apenas rastejante, aparecem as pedras largas e ouve-se a água a cair mas não se vê. Avançamos um pouco até sermos travados pela vertigem da vista espectacular sobre as várias sequências de cascatas.
Esta é uma das partes mais difíceis da caminhada, onde é preciso muito equilíbrio e técnica para trepar entre as pedras estrategicamente colocadas (ou pura coincidência) no leito da ribeira do Lavadouro.
Ao deixar o leito da pequena ribeira, o trilho torna-se novamente fácil, mais uns quilómetros de estradão sempre na companhia de belas paisagens.
A próxima dificuldade, absolutamente secundária dada a sua beleza selvagem, foi a subida por um vale rochoso, com sucessivas cascatas, conhecido por quedas de água de Poios. Esta parte é particularmente difícil, fica o aviso.
Na foto seguinte, o fotógrafo de serviço andou a mexer nos botões da máquina.

Os quilómetros iam passando e depois deste conjunto de cascatas estávamos quase no fim da nossa caminhada. O percurso tem algumas deficiências de marcação, principalmente na parte final. Uma dica: quando não há marcação sigam em frente, excepto na parte final em que junto ao cemitério (novo, claro) em que virámos à direita por alcatrão e entrámos novamente no trilho um pouco mais à frente à esquerda. Sigam pelo estradão e escolham, tal como nós fizemos, o melhor caminho até Vila de Rei.
Almoçámos no restaurante Central, junto do mercado municipal, onde tínhamos iniciado a caminhada. Fomos muito bem atendidos e a comida estava deliciosa e o abatanado quentíssimo, mesmo a calhar depois de quase dois pares de horas ao frio, muito frio.
Aqui a Tânia estava toda contente por ter recuperado o seu bastão que tinha ficado no quentinho.
Para terminar o dia subimos, de carro, até ao topo da serra da Melriça para, aí sim, estar no centro geodésico de Portugal continental. E vimos a serra da Estrela, branquinha...
A seguir as fotos das cascatas e laranjas.
3 comentários:
Vocês... andaram perto da minha zona! a ultima vez que aí fui ainda não havia marcações...mas é uma zona muito bonita e até surpreendente pela divesidade de paisagens com que nos deparamos.
Agora estou com saudades...e com vontade de passear...mais uns meses :)
que lindo...continuem a deliciar nos com essas belas foto reportagens
Beijos Beta
Olá viva....
Pois é, brindam-nos c cronicas fantásticas.Não parem.
Um dia destes venho aqui "roubar" umas ideias p fazer tb :=)
Um grande beijinho.....boas festinhas!!
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