sábado, 1 de maio de 2010

Desafio Bttralhos "A Idade da Pedra", tivemos coragem

Este desafio estava marcado nas nossas agendas logo que soubemos a data. Marcado na agenda, com post-its nas paredes lá de casa, marcas de caneta nas mãos para não esquecer, acho que só não colámos um papel na testa. Também não disse ao gato, mas foi falta de ideia. O gatito não se esquece de nada, podia-se esquecer de miar às 7 da manhã.... Não queríamos faltar. Iria ser o nosso maior desafio, não pela distância (110 km) mas pelas conhecidas pedras do Sicó e principalmente pelo acumulado. Mais de 3000 metros de acumulado. Ou seja, três quilómetros a subir na vertical, dá para imaginar... Esqueçam, não custou assim tanto!

Para complicar, quando chegámos a Vermoil começou a chover. Ai as pedras roliças... Estava muita gente e ainda bem, talvez 150. Acho que se deve apoiar este tipo de iniciativas. Absolutamente a custo zero e ainda com banhos quentes, dorsais e lanche. Sim, tudo grátis.

Os primeiros quilómetros foram feitos por um trilho rolante junto à linha do comboio, mas as "paredes" não tardariam... Olhem esta:



Esta subida foi boa para o aquecimentos dos gémeos (músculos) e tirar umas fotos ao pessoal.

A seguir vieram uma sucessão de single-tracks com pedras escorregadias (as tais roliças) e começámos a ver a coisa complicada. Os pneus tinham ar a mais, mas não era por isso. Quando as pedras estão molhadas torna-se difícil. Pedalámos, desmontámos, andámos, pedalámos, desmontámos à pressa, voltámos a pedalar... Foi assim durante uns quilómetros.



Ao atravessar o IC8 vieram as subidas e felizmente (estranho!!!) as coisas começaram a correr melhor, a velocidade diminui mas as trajectória que a bike tomava era previsível. Acho que deviam criar um grupo, no Facebook, do género "Eu não gosto de fazer BTT em pedras molhadas". Há por lá tanto grupo inútil que mais um nem se ia notar...

Esta foto é tirada quase no topo da serra do Sicó. Primeiro subimos por estradão largo e depois por single-tracks.


Nunca pedalei em tanto single-track como hoje. Uns mais técnicos que outros mas todos bem apertadinhos. Eram uns verdadeiros caminhos de cabras.



Caminhos de cabras e ovelhas também, afinal a seguir íamos passar pelo Rabaçal. Terra do famoso queijo destes dois mamíferos: um peludo outro lanzudo.

Ah, voltando a trás, a descer da serra do Sicó houve uma descida alucinante cheia de pedras afiadas. Até tivemos de parar a meio para abrir o amortecedor. Fomos apanhados de surpresa e com tanta trepidação não podíamos tirar a mão do guiador.

Depois de descansar um pouco por trilhos menos agressivos voltámos a subir bem, penso que ainda na serra do Sicó, até ao parque eólico.



No parque eólico havia também moinhos, um santuário (capela de Santo António) e um parque infantil. Isto em plena serra, a quase 500 metros de altitude.



Como já estávamos a subir há algum tempo, as descidas não tardariam... Quando a avistámos não queríamos acreditar. Era um ziguezaguear pela serra abaixo...



Só parámos junto das Buracas do Casmilo para a contemplação e registo fotográfico.



Mais um single-track apertadinho:



E chegámos ao Rabaçal, muitos companheiros estavam parados nas esplanadas. Isso fez-nos fome, como levávamos comida fizemos um pic-nic mais à frente com direito a soneca e tudo...



Aqui o pessoal da organização passou por nós e disse-nos que era mais uma subidita e depois sempre rolante até Ansião. Ai é, então ficamos aqui mais um pouco...

E assim foi, apanhámos mais duas ou três subidas e depois sempre em bom andamento até Ansião. Ainda tivemos de travar para deixar passar uma cobra de mais de um metro de comprimento. Nem disse boa tarde, mas acho que ia com pressa...

Chegámos a Ansião, e ao supermercado Ponto Fresco. Fizemos uma pausa grande para descansar, encher as mochilas com coisinhas boas e frescas acabadas de comprar e almoçar.

De regresso aos single-tracks:



Depois fizemos alguns quilómetros junto do rio Nabão. Este troço de rio brevemente estará seco, o caudal é muito reduzido e a quantidade de limos é impressionante. Parece um rio de água verde.



A subida aos moinhos das Corujeiras tirou-nos mais umas calorias do corpo. É um sitio bem bonito para contemplar a paisagem ou para contemplar a paisagem e fazer um pic-nic como nós.





O dia estava quase a acabar, o breu da noite queria ocupar o lugar dos raios de Sol. Mas nós estávamos quase a chegar ao final do nosso desafio. As últimas subidas foram feitas na mudança mais leve porque pareciam não acabar. Quando pensávamos que já não íamos subir mais lá aparecia mais uma subida.

Contemplar o pôr do Sol a pedalar, a dois, foi um dos bons momentos deste desafio. Outro momento marcante foi ficar a conhecer os nossos limites físicos, não aguentávamos muito mais. E não era por causa das luzes, porque essas iam na mochila... Nem precisámos delas porque no final fomos apanhados por outro grupo e aproveitámos a sinalização das luzes deles.

Cheguei ao fim ainda com força para levantar a bike:



Obrigado aos BTTRALHOS por este dia de BTT. Trilhos fantásticos, logística fantástica e preço... Eh pá, como não paguei não comento eheh. Até ao próximo desafio.

4 comentários:

Carlos disse...

Bem fixe as fotos e trilho muito BOM, parabéns.
Vcs tão cá cum uma estaleca, vá lá vai...

lidia disse...

Ai ai...fiquei cansada só de ler.
Deve ter sido brutal......e eu roída de inveja, pois afinal...NAO ME ATREVI.
pARABÉNS, vcs estão mt em forma.
Um parabens especial á valente Tânia...

disse...

Muitos Parabéns por mais um desafio superado. Assim se vive o BTT, e a dois é ainda melhor!
Bjs.

Team Santos disse...

Bem amigos vocês superaram, dureza e trilhos fantásticos não faltaram, estão de parabéns.
Um abraço e continuem assim.

Jorge e Sandra