sexta-feira, 7 de novembro de 2008

À descoberta do Ribatejo. O relato. Parte II.

Continuação...

Depois da ponte virámos à esquerda pelo dique de protecção de cheias até à praia fluvial de Valada. Este trilho é do género de single-track, tinha alguns troços mais largos mas outros com gravilha. Foi fixe. Para variar um pouco do excesso de alcatrão que tínhamos feito até ali.



Este trilho levou-nos até à praia fluvial de Valada [vídeo].



A seguir fomos fazer umas séries de subidas e descidas de uma calçada romana para... estragar a média!



Continuámos pelos Caminhos de Fátima. Estes trilhos apresentavam alguma lama. Mas, com um pouco de perícia, seguimos em bom ritmo. Nesta fase andávamos a pedalar por puro prazer. Sem a necessidade de cumprir um trilho pré-definido. Ao longe víamos Azambuja. Seguíamos nessa direcção a escolher o trilho que nos parecia mais interessante.

Mais à frente voltámos a encontrar o alcatrão. Mas assim que vimos uma placa indicando "Palácio" por uma estrada de terra, rapidamente concordámos em seguir por ali. Esta estrada levou-nos ao Palácio das Obras Novas (também conhecido por Palácio da Rainha). À chegada ao palácio, ficámos extasiados com a beleza natural da "Avenida das Palmeiras".



Durante o percurso de ida até ao palácio, não gostei nada de ver um curso de água ao meu lado direito. Desde logo suspeitei que teríamos de voltar para trás. Mas isso pouco interessava. Íamos à aventura. Mais tarde descobri que aquele curso de água era a Vala Real.



Perguntei a um pescador que por ali estava como podíamos ir até Azambuja. E a suspeita confirmou-se. Tínhamos de voltar para trás. Nada que nos incomodasse muito. Afinal eram só dois ou três quilómetros que nos pareceram meia dúzia de metros tal a rapidez com que voltámos à estrada que nos levaria à Azambuja.

Passámos por dentro da estação da CP e estacionámos numa tasca em frente à estação onde comemos uma belas bifanas rapidamente servidas.



Estávamos com tanta fome que desmobilizámos antes da máquina disparar...

Depois do almoço (bifanas) regressámos à estrada. A coisa estava negra. A chuva ameaçava aparecer a qualquer momento.



Mas tivemos sorte. Chegámos secos a casa.

À saída de Vila Nova da Rainha, deixámos a N3 e seguimos por uma estrada, menos movimentada, que passa junto da Central Termoeléctrica do Carregado. Andámos paralelamente à A1.



Passámos junto da estação da CP de Castanheira do Ribatejo e apanhámos a N10 à entrada de Vila Franca de Xira. Aqui passámos rapidamente enquanto os carros se amontoavam em filas. Ou melhor, era só uma fila. Todos paradinhos a ver-nos avançar...

Para concluir a volta, faltava conhecer a ciclovia que liga Vila Franca de Xira até Alhandra. Sabia que começava junto da praça de touros. Chegámos lá e não vimos nenhuma ciclovia. Pedimos ajuda a um segurança e ficámos a saber que existe um elevador para dar acesso à ciclovia. Um elevador não. Dois: um para subir e outro para descer. Isto para ultrapassar a linha férrea. Não havia uma maneira mais barata e com menos manutenção de fazer isto?!!

Quanto à ciclovia. Parabéns Maria da Luz Rosinha. Está espectacular.



Da zona ribeirinha de Alhandra subimos até a N10 onde fizemos os últimos quilómetros desta volta.



Foram quase 117 quilómetros. Iremos certamente repetir esta volta. Da próxima vamos tentar incluir mais trilhos.

Ribatejo - Até PonteMuge

1 comentário:

Blackbelly disse...

Clap clap clap! parabéns... de meter água na boca ;)