terça-feira, 7 de julho de 2009

Serra da Lousã. Trevim e praias fluviais.

Aproveitámos a ida à Maratona do Vale do Vouga para tirar uns dias de férias na zona da serra da Lousã.

Visitámos rios, ribeiras, açudes, barragens e, como tínhamos lá as bikes, também pedalámos. E que "pedalanço". Subimos ao ponto mais elevado da serra da Lousã: o Trevim. A 1205 m de altitude. Se para apanhar cerejas tivemos de pedalar a um pouco mais de 900 metros de altitude, desta vez, para visitar o Centro de Emissão do Trevim, tivemos de subir até aos 1205 metros.

O track escolhido foi o do segundo dia do GEO-RAID de 2008 obtido no site da BikeMagazine. Foi o único track que arranjei a passar pelo Trevim, por isso servia na perfeição.

Saímos da Lousã, depois de tomar o pequeno almoço com pão da padaria São Pedro. Nunca falha, sempre que passamos na Lousã vem um saco desse pão para casa.

O perfil de altitudes assustava. São 20 quilómetros seguidos a subir dos 200 metros de altitude até aos 1200 metros. Depois uma descida até aos 1000 metros e, novamente, subir até aos 1200 metros. Depois disso parecia que era quase sempre a descer. Enchemos as mochilas de comida e bebida energética porque, às vezes, vontade não basta.



Estávamos a estrear os jerseys da maratona do Vale do Vouga. Bem giros e confortáveis.



A subida é dura. O trilho é fácil (estradão) mas a quantidade de quilómetros a subir vai fazendo mossa. A fauna da floresta é muito diversificada: carvalhos, sobreiros, medronheiros, pinheiros vulgares e outros mais esquisitos, acácias, eucaliptos, carquejais, tojais, giestais e muitas outras espécies. Em alguns locais a floresta é tão densa que o Sol não passa pela folhagem. A zona também é "rica" em animais, mas só vimos um coelhito e várias aves.

À medida que íamos subindo, o nosso campo de visão ia aumentando. Se tivéssemos levado os binóculos talvez víssemos o Homem do Bussaco (ou Buçaco).





Com calminha, avistámos o alto do Trevim. Parámos e tirámos uma foto de grupo.



O Trevim está atrás das nossas costas. Parece logo ali. Não é. Ainda faltavam umas boas subidas e um trilho agressivo. A temperatura estava muito boa lá em cima. Levávamos um agasalho mas não foi preciso. Durante toda a volta a temperatura esteve bastante agradável tornando-se uma aliada.





Finalmente vamos descer. Não muito. Só até avistar a aldeia do Coentral. Depois atravessámos a encosta para voltar a subir até ao aeródromo de Santo António das Neves.

Agora é que era descer a sério. Pelo meio passámos numa pequeníssima aldeia (Aigra Velha). Mais a baixo passámos por uma das célebres aldeias de xisto: Aigra Nova. Continuámos a descer com muitas curvas até encontrar, pela primeira vez neste track, alcatrão. Foi por pouco tempo. Entrámos num rápido estradão até ao miradouro da Candosa e depois uma descida alucinante até à praia fluvial do Cabril do Ceira em Serpins.





Ficámos por ali algum tempo a refrescar. Depois veio um single track "primitivo" junto ao rio Ceira. A última praia fluvial por onde passámos foi a da Senhora da Graça, próximo do parque de campismo de Serpins.

Pensámos que, a partir dali, seria sempre a rolar até à Lousã. Não. Ainda faltava uma subida que nos custou bastante talvez por não estarmos a contar com ela. Faltava esta para atingir os 70 quilómetros com 1700 metros de acumulado de subidas.

Foi assim um dos nossos dias de férias desta semana. Memorável.

2 comentários:

Carlos disse...

Grandes voltas, muito bem, fotos bem fixes mesmo ;-), parabéns aos dois.

ASG disse...

Nós tb vamos para essa zona este fds... mas vamos fazer o trilho do centro de BTT das Aldeias do Xisto a começar em Ferraria de São João :)