Pegámos no Google Earth e começámos a desenhar a volta sempre a fazer as contas aos quilómetros. Cada vez que se adicionava mais um pouco de trilho pensava-se "Ainda dá para fazer num dia. Avançamos mais um pouco". E, de tanto avançar, já estávamos próximo de Coruche. Save as GPX and send to GPS. Done.
O sábado não quis fazer a desfeita e amanheceu também com Sol. Apanhámos o comboio até Vila Franca de Xira porque andar na N10 logo ao amanhecer não é das coisas mais agradáveis e seguras para fazer.
O início da volta tem o incontornável alcatrão sempre embelezado pela travessia da ponte de Vila Franca de Xira e depois uma interminável recta até ao Porto Alto. Esta recta só não custou mais porque tínhamos um objectivo: saborear uns pasteis de nata quentinhos que estariam à nossa espera.
Tomado o pequeno almoço, seguimos até Benavente. Esta parte tem de ser feita por alcatrão. Há alternativas por terra mas é preciso um cartão que não temos. Esta zona também ainda deve ter alguma lama, por isso fomos por estrada.
Mal entrámos nos trilhos, parámos para uns registos fotográficos:
Nesta fase do trilho seguíamos junto ao canal de distribuição de água. Um grande single-track... É um trilho muito fácil de percorrer. Só é preciso ter um pouco de equilibrio pois à esquerda temos o canal e à direita um precipício.
Por vezes saíamos do trilho junto ao canal para estradões onde já podíamos ir mais descontraídos. Só era preciso desviar das auto-estradas. Apesar de vazias de carros, as infra-estruturas estão lá.
A nossa viagem continuava agradável a admirar as paisagens verdejantes semi-inundadas de água. Aproveitámos uma sombra e fizemos uma pausa para abastecimento. Chocolates e bananas.
Aproveitámos também para descansar um pouco. A próxima paragem seria em Coruche. Mas não é possível avançar sem parar para apreciar os animais que se atravessam à nossa frente ou simplesmente nos olham como se fossemos estranhos. Um dos momentos do dia foi ver a Tânia a atirar pedras a um rebanho de ovelhas só porque um cordeirinho estava deitado junto da sua progenitora. A Tânia pensava que o bichinho poderia estar doente. Mas nem com pedras ele se moveu. Quando a Tânia lhe começou a mandar beijinhos ele lá se mexeu como que dizendo que estava a apreciar o Sol. Preguiçoso...
Já próximos de Coruche a Tânia descobriu uns veados. Mais uma vez eu ia distraído.
Na foto não dá bem para ver. Os maganos disfarçam-se bem na paisagem. Mas pode-se ver o macho com as suas galhadas (hastes) rodeado pela fêmea e as crias. Quando nos viram esconderam-se por detrás de umas silvas. Mas não tínhamos pressa e esperámos. A pouco e pouco foram aparecendo e deu para tirar umas fotos. Acho que nunca mais vamos comer carne de veado...
Chegámos a Coruche antes do meio-dia. Como ainda não era hora de almoço fomos dar uma volta à vila e tirar umas fotos.
Passámos pela igreja onde estava a decorrer um casamento. Se não estivéssemos vestidos com roupa de ciclista ainda nos podíamos infiltrar no "copo de água" e não precisávamos de ir a um restaurante...
O restaurante escolhido foi o primeiro que vimos ao chegar a Coruche. Muito bem situado junto da zona ribeirinha/praia fluvial. Mesmo ao lado da ciclovia. Sim, em Coruche também há ciclovias!
O almoço foi o sempre rápido bitoque, magnificamente bem servido.
Depois de almoçar e com a praia ali mesmo ao lado o que é que vamos fazer? Pedalar para casa, claro. A saída de Coruche foi pelo "trilho" das pontes:
Com o cheiro a primavera que já se sentia em alguns locais e com paisagens tão relaxantes por vezes apetecia largar as bikes e ficar ali a apreciar a paisagem. A flora e fauna como um um lindo pónei que nos "obrigou" a sair da rota:
Mais à frente, o barulho dos motores de uns aviões ultra-leves levou-nos até uma história do programa de televisão Nós por Cá (SIC). Encontrámos uma escola de pilotagem (campo de voo de Benavente) vedada, a Sul, por uma edificação de vários postes. Desavenças entre vizinhos, segundo consta.
Para nós foi mais um momento de paragem a olhar para o ar... perdão, para os aviões. E a ver se não nos caía nenhum em cima. Aqueles objectos voadores vistos de perto, parecem tão frágeis! Ainda pensámos em ir dar uma volta num deles. Mas nenhum tinha suportes para bikes...
A nossa volta estava a chegar ao fim. Pelo menos a parte mais divertida. Até casa ainda nos esperavam alguns quilómetros de estrada.
Apesar de ter algum alcatrão (bastante) é uma volta que iremos repetir. Os quase 130 km deixaram-nos satisfeitos e com vontade de regressar na Primavera.
Ah, que saudades que tínhamos de chegar a casa com as bikes cheias de pó!
Pelo Ribatejo até Coruche (e volta) |
2 comentários:
Volta muito porreira....eu ainda não ultrapassei a meta dos 89kms :)
Objectivo 100kms...já faltou mais eheheh
Bjs e abraços
Beta
assim é que é um dia de S. Valentim bem passado!
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